
Kuala Lumpur - Na primeira escala de sua viagem ao Sudeste Asiático, o ministro Aloysio Nunes Ferreira (Relações Exteriores) foi recebido, na tarde desta quarta-feira (6), pelo primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak. A recepção do chanceler brasileiro pelo chefe de governo malásio é mais um reconhecimento da presença e da relevância do Brasil no cenário internacional e do objetivo comum de estreitar os laços entre os dois países. Durante o encontro, o primeiro-ministro e o chanceler reafirmaram o interesse de se organizar mais missões empresariais para estimular negócios conjuntos.
Antes da audiência com o primeiro-ministro, o ministro Aloysio Nunes manteve reunião de trabalho com seu homólogo da Malásia, Anifah Aman. O chanceler brasileiro enfatizou o objetivo de estreitar laços políticos, econômicos e culturais com os países de Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), agrupamento regional no qual a Malásia desempenha papel central. Para os dois ministros, é urgente revitalizar o diálogo Mercosul-ASEAN.
Para além da vertente política, essencial na construção do relacionamento bilateral nas demais áreas, ambos os países já mantêm importante cooperação econômica. Os dois ministros determinaram que suas equipes acelerem a negociação de emenda ao acordo de isenção de vistos, para que empresárias e empresários que viajem a negócios sejam dispensados de visto, assim como os turistas já o são.
O fluxo comercial entre os dois países tem superado sistematicamente os US$ 3 bilhões, com superávit brasileiro nos últimos dois anos –em 2017, pode passar dos US$ 4 bilhões. Aloysio Nunes lembrou que a Malásia foi o principal parceiro comercial do Brasil no Sudeste Asiático no primeiro semestre de 2017, para quem exportamos mais do que para a França.
No campo dos investimentos, há empresas malásias presentes em nosso país e brasileiras na Malásia. Em São Paulo, por exemplo, a Scomi participa da construção do monotrilho de acesso ao aeroporto de Congonhas, com investimento próximo a US$ 200 milhões. Com o objetivo de promover os investimento recíprocos, os governos iniciaram recentemente conversações sobre um Acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos (ACFI), com base em modelo elaborado pelo Brasil e adequado a nossa legislação interna.