De acordo com o levantamento, realizado entre os dias 1º e 4 de agosto de 2024, com uma amostra de 1.508 eleitores paranaenses, a margem de erro é de 2,6 pontos percentuais para mais ou para menos. Os dados apontam que Sergio Moro, ex-juiz da Lava Jato, está com 42% das intenções de voto, enquanto Rafael Greca, que se destaca por sua atuação como prefeito da capital paranaense, aparece com 18%. Alexandre Curi, que será aclamado hoje como o novo presidente da Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP), surge em terceiro lugar com 10%.
Um dos aspectos mais relevantes da pesquisa é o desempenho de Sergio Moro na Região Mesometropolitana de Curitiba, incluindo o Litoral, onde ele possui uma vantagem de 10 pontos percentuais sobre Rafael Greca. Essa região, que abrange áreas urbanas significativas, como a capital e municípios próximos, é crucial para definir o cenário eleitoral no estado. A liderança de Moro nesse contexto sugere um forte apoio nas áreas mais populosas e urbanizadas, o que pode ser um diferencial importante na reta final da campanha.
Além do cenário principal, a Paraná Pesquisas também analisou outros possíveis cenários eleitorais, incluindo diferentes combinações de candidatos. Em um desses cenários, Cida Borghetti (PP) aparece como uma candidata potencial, obtendo 11,2% das intenções de voto, enquanto Moro e Greca continuam como os dois primeiros colocados. Em outro cenário, o atual prefeito de Londrina, Marcelo Belinati (PP), figura com 8,8%, reforçando a possibilidade de que novos nomes possam surgir e alterar o panorama eleitoral. O atual diretor-geral de Itaipu Binacional, Enio Verri (PT), aparece com 5,8%.
O desempenho de Sergio Moro na pesquisa pode ser atribuído, em parte, à sua alta exposição na mídia, decorrente de recentes julgamentos na Justiça Eleitoral, onde foi absolvido das acusações que enfrentava. Esse “ganho secundário” de visibilidade parece ter fortalecido sua imagem junto ao eleitorado paranaense, consolidando-o como o principal nome na disputa pelo governo do estado.
Por outro lado, Rafael Greca utiliza sua gestão à frente da prefeitura de Curitiba como principal plataforma de campanha, buscando atrair eleitores que valorizam a continuidade e os resultados obtidos na capital. Alexandre Curi, por sua vez, apesar de ser uma figura influente na ALEP, ainda precisa aumentar sua visibilidade e conquistar mais espaço entre o eleitorado para se tornar um concorrente mais forte.
A possível candidatura de Alexandre Curi pelo PSD é vista como uma aposta estratégica, especialmente considerando seu novo papel como presidente da Assembleia Legislativa do Paraná. Aclamado como líder da ALEP, Curi ganha uma posição de destaque na linha sucessória do governo, o que pode ser utilizado como um trunfo em sua campanha. Caso o Palácio Iguaçu decida apoiar Curi como o candidato único do PSD, ele poderia partir de uma base sólida de 28% das intenções de voto.