O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, aproveitou o anúncio oficial dos novos dados de emprego do país, nesta quinta-feira, 9, para comentar sobre a relação entre a pasta e plataformas de transporte e entregas – leia-se Uber, Rappi, iFood e semelhantes. Notoriamente crítico do modelo de negócio dessas companhias, o ministro fez questão de afirmar que o embate não é travado por puro preconceito e sim pela precarização do mercado de trabalho.
“Não há absolutamente nenhum preconceito contra plataformas. O que é preciso é construir respeito aos trabalhadores, que estão trabalhando de forma vulnerável, precária, correndo risco de vida, com baixa remuneração e excesso de jornada [de trabalho]”, diz.
Paralelamente, o tom adotado por Marinho ao detalhar suas opiniões a respeito das plataformas é combativo. Na terça-feira, 7, apenas dois dias antes da fala mais amigável, Marinho havia sido mais incisivo.“Se [a Uber] for embora [do Brasil], problema da Uber”, disse durante evento da Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE), minimizando o impacto de uma eventual saída da empresa do país, por causa das novas regras desejadas pelo ministério.
A intenção do Ministério do Trabalho é de regulamentar significativamente atividades como as da Uber, como ressaltado por Marinho nesta quinta. “Você tem jornada excedente, gente morrendo, acidentes – colocando em risco inclusive as pessoas que buscam esse serviço”, diz o ex-sindicalista.
Radar Econômico – VEJA