quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

Infectologista diz que baixa eficácia da Coronavac ‘ficou muito feio’ para governo de SP

 

A indicação da baixa eficácia da vacina chinesa rebatizada de Coronavac, atingindo apenas o mínimo recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), foi classificada de “frustrante” pelo infectologista Evaldo de Araújo, do Hospital das Clínicas da USP e diretor da Sociedade Paulista de Infectologia.


Durante entrevista ao programa Bastidores do Poder, da Rádio Bandeirantes, Evaldo de Araújo, mesmo fazendo a ressalva de que é preciso aguardar o anúncio oficial do percentual, explicou que quem tomar a vacina terá 50% de chance de não ser imunizado contra a covid-19.

Durante coletiva, nesta quarta-feira (23), o presidente do instituto Butantan, Dimas Covas, informou que “por razões contratuais” com o laboratório chinês Sinovac, o anúncio oficial da eficácia da vacina será feito simultaneamente no Brasil e na China dentro de quinze dias.

Covas confirmou, no entanto, que a vacina “atingiu índice de eficácia superior ao mínimo”, que é 50%. O anúncio representa uma ducha de água fria e confirma informação divulgada segunda-feira (21) pelo Wall Street Journal, de Nova York, citando fonte do Butantan, de que a eficácia da Coronavac é mesmo de 50%.

Para o infectologista Evaldo de Araújo, o Ministério da Saúde precisa priorizar as alternativas à Coronavac, que apresentam eficácia próxima dos 100%, como Pfizer, Moderna e Oxford/AstraZenica.

DIÁRIO DO PODER