quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

Presidente do BC sugere trocar o auxílio emergencial pela vacina contra a covid-19


 














O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sugeriu nesta nesta terça-feira (15) que o governo deva trocar o auxílio emergencial pago para as 77 milhões de pessoas pela vacina contra a covid-19.

Ou seja, o presidente do BC propõe que Jair Bolsonaro opte pela vacina em detrimento da ajuda emergencial durante a pandemia. Ou um ou outro, em síntese.

Para Roberto Campos Neto, é mais barato o governo focar em fechar acordos para vacinar a população contra a Covid-19 do que prolongar o auxílio emergencial.

É mais barato vacinar toda população e pagar auxílio emergencial de R$ 5 mil por mês para cada brasileiro, independente da idade e do sexo, do que sustentar banqueiros e rentistas com o Orçamento da União.

Só nos primeiros meses da pandemia, entre março e julho, os bancos foram privilegiados por renúncias, aportes, compra de títulos podres, e, recentemente, com uma lei que permite a remuneração pelo BC das sobras de caixa das instituições financeiras. Coisa que nem uma mãe faria para um filho, mas Campos Neto, Paulo Guedes e Bolsonaro fizeram para os especuladores –sempre em detrimento do emprego e da produção.

Não é ou um ou outro, vacina ou auxílio emergencial, caro presidente do BC. São os dois. Juntos custaria ainda muito, mas muito mais barato do que as mamatas para o sistema financeiro e o capital vadio.

Há uma previsão governamental de que o auxílio emergencial deste ano custe até R$ 321 bilhões enquanto os bancos abocanharam até R$ 4 trilhões com pacotes de ajuda do Tesouro. Ou seja, os meia dúzia de banqueiros irão consumir mais de 12 vezes o orçamento público.