sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

Com a Covid-19, autoridades apelam que veranista não vá ao Litoral do Paraná


 














Com a pandemia do coronavírus à solta, o curitibano deverá evitar descer para o Litoral do Paraná nas festas de Natal e Ano Novo. Tudo para se evitar aglomerações de pessoas – que é a principal via de disseminação do vírus. A sugestão de ficar em Curitiba foi feita ontem pelo secretário de Estado da Saúde, Beto Preto. A razão do apelo é simples: se muita gente for ao Litoral e se contaminar, fica difícil atender todo mundo.

“A gente tem orientado de forma geral que quem puder ficar em casa, não viajar, que tome essa decisão. Quem tiver a escolha de fazer reunião familiar menor, é importante’, afirmou o secretário Beto Preto. “O vírus está em franca ascensão, com transmissão comunitária muito forte. Qualquer movimento abrupto pode causar contágio”, continuou. “Nosso apelo também é no sentido que as pessoas diminuam a reunião familiar do Natal, pensando na saúde. Não queremos transformar datas importantes, de comemoração, em datas de tristeza para o futuro”.

Tradicionalmente, o Litoral vê um inchaço de pessoas no verão. A população nos sete municípios litorâneos é de 300 mil pessoas. Considerando as três cidades que têm balneários, o total é de pouco mais de 100 mil pessoas – a população é de 27,9 mil em Pontal do Paraná, 35,2 mil em Matinhos e 37,5 mil em Guaratuba. Contudo, somente no último Réveillon, as três cidades receberam 2,5 milhões de visitantes, de acordo com cálculos da Secretaria. A grande maioria deles era de Curitiba.

“É claro que tem muita gente que vai descer”, disse Beto Preto, que teme uma aglomeração de milhões de pessoas e ressalta que é bom que as pessoas tenham consciência de que isso é perigoso. “Quero reiterar que o ano de 2020 é um ano diferente do que foi 2019, e tenho certeza que vai ser diferente em 2021”, continuou. “Já perdemos mais de 7 mil paranaenses. É muita perda, muita tristeza para famílias inteiras”. A Sesa tomou providências para ampliar a rede hospitalar no Litoral. “Mas tudo isso não resolve se houver explosão ainda maior de casos de Covid-19”, alertou o secretário.

Por enquanto, não há previsão de se criar barreiras sanitárias para evitar o fluxo de turistas no Litoral. “Os municípios fizeram isso, talvez agora não tenha. Mas não podemos ter uma aglomeração no Litoral”, reforçou.