terça-feira, 15 de setembro de 2020

Após retomada de estudos, AstraZeneca pede a ampliação de voluntários no Brasil



A farmacêutica AstraZeneca quer ampliar o número de voluntários testados no Brasil. Segundo a CNN apurou, a farmacêutica já fez o pedido para a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e pretende passar de 5 mil para 10 mil pessoas a serem testadas na fase 3 da vacina em todo o país.
Atualmente, a AztraZeneca está autorizada pela Anvisa a realizar os estudos em 5 mil voluntários nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia. A expectativa é que a aprovação da ampliação dos testes pela agência saia ainda nesta semana.
Os testes da vacina contra a Covid-19 desenvolvida por pesquisadores de Oxford e do laboratório AstraZeneca foram retomados nesta segunda-feira (14). No sábado, a farmacêutica anunciou a retomada dos estudos no Reino Unido.
De acordo com relatos feitos à CNN, após uma criteriosa análise, ficou constatado que não houve relação da reação adversa grave da paciente do Reino Unido com a vacina. Durante o período em que os estudos foram interrompidos em todo o mundo, o Comitê Internacional de Pesquisadores e as agências de vigilância sanitárias inglesa e brasileira avaliaram o histórico de doenças da voluntária e sua predisposição para desenvolver doenças neurológicas.
Segundo um integrante do governo ouvido pela CNN, a paralisação dos testes foi um procedimento regular e considerado normal dentro do processo de validação de uma nova vacina. Ainda de acordo com esse técnico, “quando algum evento adverso importante surge, ocorre a parada. Após a análise e a apresentação dos dados do estudo mostrando segurança, a fase clínica continua”.
Com a retomada dos estudos, o governo brasileiro segue apostando na vacina de Oxford como a mais promissora.  “De todas as vacinas em fase 3, a de Oxoford é a que está em fase mais avançada de pesquisa. A FioCruz já assinou um contrato com a AstraZeneca, mas o governo continua acompanhado o desenvolvimento de todas as vacinas”, diz um integrante do governo.
CNN Brasil