quarta-feira, 24 de abril de 2019

Ministro abre mão do cargo para poupar TSE e STF de constrangimentos



O ministro Admar Gonzaga, do Tribunal Superior Eleitoral, fez um gesto raro: nesta segunda (22), foi ao presidente Jair Bolsonaro informar que declina da quarta recondução ao seu ambicionado cargo. No próprio TSE, ministros já sabiam da decisão há anos. Teve dois mandatos de dois anos como ministro substituto e está no fim do primeiro mandato como ministro titular, co direito a mais uma recondução. Ele acha 8 anos tempo demais. Além disso, pesa contra ele a acusação, ainda não julgada, de troca de agressões com a ex-mulher. “Tenho muito respeito pelo STF e pelo TSE para não causar constrangimentos desnecessários”. 
Como juiz e cidadão, Admar Gonzaga não aceita a situação no País “onde ser homem e heterossexual seja presunção de violência”.
Para o ministro, a criminalização da heterossexualidade e do gênero masculino cede espaço “à vingança, ao ódio e à ganância”.
“É preciso que a violência seja punida, seja qual for e contra quem for”, afirma o ministro, mas pede Justiça igual para todos, sem privilégios.