quinta-feira, 14 de junho de 2018

Itamaraty premia acusado de assédio com ócio remunerado, no Rio



O País em que deputado mora na Papuda e presidiário lidera pesquisa para presidente merece mesmo que o corporativismo do Ministério das Relações Exteriores tenha premiado, com a transferência para o Escritório do Rio de Janeiro, à beira-mar, o embaixador João Carlos de Souza-Gomes, acusado de assédio sexual. Nem sequer foi mandado para o “Gaoa”, depósito de diplomatas encostados no porão do anexo do Itamaraty – que, aliás, tem um histórico de proteger assediadores.


Souza-Gomes é acusado de assediar servidoras da Representação do Brasil junto à FAO, órgão das Nações Unidas com sede em Roma.
Em Brasília, o Escritório do Rio tem reputação de inutilidade: não serve nem para apoiar delegações estrangeiras que chegam no Galeão.
O Itamaraty manda para o Escritório no Rio, salvo raras exceções, diplomatas encostados que não têm a dignidade de aposentar-se.
O secretário-geral do Itamaraty, Marcos Galvão, mesmo indagado por sua assessoria, não se deu ao trabalho de explicar o prêmio ao colega até o fechamento da edição da coluna.