quarta-feira, 22 de novembro de 2017

CIDADÃO INTERPELA AGENTES DO DETRAN QUE, NO CELULAR, IGNORAM TRÂNSITO CAÓTICO



Para que os serviços públicos do Distrito Federal funcionem, é preciso a população insistir muito, cobrar. Em um vídeo que circula pelas redes sociais, foi exatamente isso que um cidadão precisou fazer para que duas agentes do Detran-DF dessem atenção ao trânsito confuso no Setor Comercial Sul, uma área movimentada do centro de Brasília, com um semáforo defeituoso.
Enquanto um sinal intermitente dificultava a vida de quem precisava atravessar a rua e dos motoristas, que redobravam a atenção com as pessoas passando na frente dos veículos a qualquer momento, duas agentes do Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) permaneciam dentro da viatura, entretidas com seus celulares, estacionada no canteiro central.
“Você está vendo que o pessoal está se arriscando na pista, [que o sinal] está intermitente? Você não concorda que deveria estar fora da viatura, parando o trânsito e coordenando o trânsito, e não no celular?”, questionou o cidadão à agente.
A justificativa da servidora não convence: o celular é funcional e era preciso continuar no veículo, esperando por contato pelo rádio para intervir no trânsito. De acordo com a agente, o local tem muitos sinais e “vários cruzamentos”, e que era preciso esperar para saber qual deles seria fechado. “Eu concordo com você. Só quero que você entenda que não a gente não está aqui sem fazer nada”, respondeu a agente.
Cada vez mais indignado com a situação, o rapaz questiona o quanto o serviço custa ao contribuinte. “A sociedade paga muito caro pro Detran e eu acho o serviço muito ineficiente. Para mim e para o resto da sociedade, vocês estão dentro da viatura, fazendo nada. Eu acho meio injusto a gente ter que pedir. É só olhar.”
Foi preciso muita insistência do homem e de vários questionamentos sobre o procedimento adotado para que as agentes, finalmente, decidissem deixar a viatura e informar que iriam até o sinal, intervir no trânsito.
O Detran-DF ainda não se pronunciou sobre o caso.