domingo, 29 de outubro de 2017

Corinthians e Ponte reeditam final do Estadual em clima de decisão



Corinthians e Ponte Preta têm um histórico volumoso em confrontos decisivos, relembrado na final do Campeonato Paulista deste ano, 40 anos após a lendária conquista do Timão em 1977, mas a possibilidade de título está apenas de um lado na disputa deste domingo, às 17h (de Brasília), no estádio Moisés Lucarelli. Decisiva, a partida reúne o líder do Parque São Jorge, procurando recuperar seu futebol, e a Macaca, gastando seus últimos cartuchos para se livrar do rebaixamento.
Sem vencer há três jogos pela primeira vez na temporada, o técnico Fábio Carille fez questão de reunir-se com os seus jogadores para apontar erros de concentração responsáveis pelos gols sofridos diante de Coritiba, Bahia e Botafogo. Para ele, isso é o que tem faltado ao time na maioria das vezes em que a defesa, ponto forte do ano, acaba vazada.
“Pode esperar muita atenção, dedicação, principalmente nos detalhes, que decidem o jogo. Temos de estar com o emocional muito controlado, jogadores experientes do outro lado. Atletas que já passaram por outras equipes, jogo de provocação. Que o árbitro tenha muita luz para saber conduzir o jogo”, disse ele, lembrando de nomes como o zagueiro Rodrigo e o atacante Emerson Sheik.
Para anular os atletas mais experientes do rival, Carille fez questão de recuperar e mandar a campo o que tem de melhor no seu elenco, naquela que é considerada sua escalação ideal. Com o retorno do zagueiro Pablo, recuperado de contratura muscular, e Romero retomando a vaga de Marquinhos Gabriel, ele utilizará exatamente a mesma escalação que venceu a primeira partida da final do Estadual por 3 a 0.
“Mas não tem semelhança, não, é outro jogo, outra história. Ali era o primeiro jogo de uma final, empate seria bom, até mesmo uma vitória por um gol de diferença para decidir em casa. E terminou 3 a 0. Outra situação, completamente diferente”, avaliou o comandante, que ainda tem seis pontos de vantagem sobre Palmeiras e Santos, seus principais perseguidores.
Do outro lado, os campineiros se agarram realmente à experiência dos seus principais jogadores e à necessidade do Timão em construir um resultado favorável, o que pode abrir espaços para contra-ataques. “Mostramos o que queríamos, até para dar tranquilidade para o jogador. Acho importante ele saber que vai iniciar, até pela responsabilidade que terá o jogo” disse o técnico Eduardo Baptista.
Em campo, a Ponte terá ao menos três ex-corintianos, com o zagueiro Yago e os atacantes Lucca e Emerson Sheik. Nomes como Claudinho e Léo Artur, cedidos pelo Timão após o Paulista, devem fazer parte da lista de relacionados, mas ficarão como opção no banco de reservas.