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Brasília foi palco, neste sábado (11), do Encontro Crianças sem Fronteiras ocorreu hoje (11) em Brasília. Participaram uma centena de imigrantes e outra centena de brasileiros, promovido pelo Instituto Migrações e Direitos Humanos (IMDH), que há três anos promove atividades lúdicas em alguns finais de semana para reunir crianças refugidas e suas famílias e crianças brasileiras.
"É brincando que eles se entendem de alguma forma, mesmo que a língua não seja a mesma do colega, eles se comunicam por meio da atividade", explica a diretora do IMDH, Rosita Milesi. Para ela, "essas crianças vieram dos seus países de forma inesperada, deixaram a sua casa, seus amigos, todo o seu contexto. A brincadeira pode parecer um detalhe, mas é um detalhe importante. Às vezes as famílias mal trouxeram alguma coisa, os pais não trazem nenhum brinquedo. A criança não tem com quem brincar, não conhece novos amigos, é um drama para ela. Às vezes só choram e aparentemente não tem explicação. Este aspecto temos que olhar com mais carinho".
"O que a gente busca é que as crianças não se sintam isoladas porque falam diferente, porque não conseguem se expressar bem. Estes aspectos são superados facilmente por meio do lazer", diz Rosita. O período mais crítico de adaptação das crianças dura até um ano, segundo a diretora. É neste período que a instituição tenta reforçar o apoio às famílias, seja na alimentação, com brinquedos ou com roupas. Também há um acompanhamento para que as crianças e jovens sejam matriculados em escolas.