quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

ENGENHEIRO CONTA QUE PEDIU AJUDA A LULA CONTRA CORRUPÇÃO, MAS FOI INÚTIL



O dono da empresa Cogefe Engenharia, Geraldo Aurélio Feitosa, disse em depoimento à Justiça Federal de Minas Gerais, no dia 9 de dezembro de 2016, que sua companhia foi vítima do esquema de corrupção na Petrobras e que chegou a buscar ajuda do ex-presidente Lula, via Frei Betto, para tentar resolver o calote que tomou da estatal por não pagar propina, segundo ele a “mala preta” que foi exigida para as obras do Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes), no Rio de Janeiro.
“Trabalhamos por 24 anos para a Petrobrás, em todos os Estados do Brasil, São Paulo, Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais, nunca tivemos o menor problema. Mas na obra do Centro de Pesquisas, na Ilha do Governador, o Cenpes, que era uma obra de porte, começou tudo”, relatou. “Não pagaram as medições, não liberaram, não pagaram projeto”, seguiu Feitosa.
O engenheiro não deu detalhes de como teria sido o diálogo com o ex-presidente, disse apenas que Lula lhe prometeu ajuda e que Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula, teria indicado um diretor jurídico na estatal para ele conversar, tudo sem sucesso. “Pediam (ex-dirigentes da Petrobras) inclusive para ir no Lula, como eu fui, através de um amigo aqui de BH (Belo Horizonte), o Frei Betto, me levou lá, estive pessoalmente e (disseram) ‘não, vamos resolver’, ‘vamos resolver’”.