segunda-feira, 15 de novembro de 2021

Lula despista, mas não descarta Alckmin como vice: "Nada entre nós que não possa ser reconciliado"
















O ex-presidente Lula (PT) está em viagem para a Europa e, nesta segunda-feira (15), discursou no Parlamento Europeu, em Bruxelas, durante um evento chamado “Encontro de Alto Nível da América Latina”, promovido pelo bloco social democrata do parlamento.

Ao responder perguntas de jornalistas, Lula comentou a relação com Geraldo Alckmin (PSDB), especulado para ser vice na chapa do petista em 2022. Lula não garantiu que será candidato à presidência, mas falou que o PT certamente disputará o cargo.

“Eu já tenho 22 vices, já tenho oito ministros da Economia, quando eu ainda nem decidi ser candidato. Veja, o vice é pessoa que tem de ser levado muito à sério na relação com o presidente. Porque o vice pode ser presidente, pode acontecer muitas coisas. E depois, o vice tem de ser uma pessoa que soma com o presidente, não que diverge com o presidente”, disse Lula ao comentar as especulações.

Eu tenho uma extraordinária relação de respeito com o Alckmin, eu fui presidente quando ele foi governador, nós conversamos muito. Não há nada que aconteceu entre eu e o Alckmin que não possa ser reconciliado. Não há. Política, às vezes, é como jogo de futebol: você dá uma botinada no cara, o cara cai chorando de dor, mas, depois que acaba o jogo, eles se encontram, se abraçam e vão tomar uma cerveja e vão discutir o próximo jogo”, declarou o petista.

Segundo o ex-presidente, quando não há ofensas de cunho moral ou pessoal, tudo pode ser superado. “Eu disputei as eleições de 2006 com o Alckmin, mas eu quero lhe dizer que eu tenho um profundo respeito pelo Alckmin. Eu não tenho vice ainda, porque não discuti a minha candidatura. Quando eu decidi ser candidato, aí sim eu vou sair à campo para procurar alguém para ser vice.”

Lula também fez críticas ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Segundo o petista, Bolsonaro é uma “cópia malfeita de Donald Trump”. Lula lamentou o fim do Bolsa Família, encerrado para ser substituído pelo Auxílio Brasil. Para o petista, o novo programa social tem tom eleitoreiro e foi criado para ajudar na campanha de Jair Bolsonaro em 2022.