sábado, 27 de novembro de 2021

PM pega 53 anos de prisão por matar irmãos com deficiência intelectual em Maceió















Após cinco anos e oito meses do crime e depois de 12 horas de julgamento, o sargento da Polícia Militar de Alagoas, Johnerson Simões Marcelino, foi condenado na noite de ontem (25) a 53 anos e um mês de prisão, em regime fechado, pelos assassinatos dos irmãos Josenildo e Josivaldo Ferreira Aleixo, que tinham 16 e 18 anos de idade e deficiência intelectual, quando foram trucidados na noite da Sexta-feira Santa, em 25 de março de 2016, no Conjunto Village Campestre, na periferia de Maceió.

O crime também resultou na morte do pedreiro Reinaldo da Silva Ferreira, que passava próximo à ação policial; fato que também resultou na condenação do réu a pagar indenização mínima de R$ 80 mil para a viúva da vítima.

A condenação no Tribunal do Juri presidido pelo juiz Guilherme Bubolz Bohm foi resultado da atuação do Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL), tendo como titular de acusação a promotora de Justiça Adilza Freitas, auxiliada pelos assistentes de acusação, advogados Thiago Pinheiro e Arthur Lira.

“Minha família foi destruída. Mataram meus filhos, meu marido era doente, piorou e morreu. Os sonhos dos meus filhos, eles diziam, era ser policial; mas a policia foi quem tirou a vida deles”, ressaltou a mãe dos jovens assassinados, Maria de Fátima, que entrou ao recinto e provocou comoção com o seu jeito simples e a forma de amor com a qual descrevia seus filhos especiais. O irmão dela, Cláudio Silva, chorou durante o depoimento, lembrando a inocência dos sobrinhos.