quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

Governo sinaliza que vacina da Pfizer contra covid não tem o perfil desejado

 













O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, informou nesta 3ª feira (1º.dez.2020) que as vacinas contra a covid-19 que serão incluídas no Plano Nacional de Imunização devem “fundamentalmente” ser termoestáveis por longos períodos e que possam ser armazenadas em temperaturas de 2°C a 8°C, compatível com a capacidade da rede de resfriamento nacional.

Ele não citou especificamente nenhuma vacina. No entanto, o critério estabelecido pelo governo afasta a possibilidade de aquisição da vacina desenvolvida pela farmacêutica Pfizer e pela empresa de biotecnologia alemã BioNTech. O imunizante, batizado de BNT162b2, exige condições especiais de armazenamento, com temperaturas de -70ºC.

“O que nós queremos de uma vacina? Qual o perfil de uma vacina desejada? Claro, que ela confira proteção contra a doença grave e moderada, que ela tenha elevada eficácia, que ela tenha segurança, que ela seja capaz de fazer uma indução da memória imunológica, que ela tenha possibilidade de uso em diversas faixas etárias, e em grupos populacionais”, disse em entrevista a jornalistas.

“E que idealmente ela seja feita de dose única, embora muitas vezes isso talvez não seja possível, só seja possível em mais de uma dose, mas fundamentalmente que ela seja termoestável por longos períodos, em temperaturas de 2°C a 8°C. Por quê? Porque a nossa rede de frios, nessas 34.000 salas, é montada e estabelecida com uma rede de frios de aproximadamente 2°C e 8°C”.

Considerando a aplicação única, hoje a única vacina em testes no país que atenderia a esse critério é a da Johnson & Johnson.