sábado, 26 de setembro de 2015

MPF quer prisão preventiva para suposto operador do PMDB

João Rezende Henriques fez exame de corpo de delito no IML, em Curitiba, nesta terça-feira  (Foto:  Rodrigo Félix Leal/  Futura Press/ Estadão Conteudo )João Rezende Henriques é suspeito de participação
no esquema de corrupção da Petrobras
(Foto: Rodrigo Félix Leal/ Futura Press/
Estadão Conteudo )
O Ministério Público Federal (MPF) pediu a conversão da prisão temporária de João Rezende Henriques em preventiva. Apontado pela Operação Lava Jato como o maior operador de propina na Diretoria Internacional da Petrobras, a prisão temporária de Henriques vence nesta sexta-feira (25).
Cabe ao juiz Sergio Moro, responsável pelos processos de primeira instância da Lava Jato, decidir sobre o pedido. Dentre as possibilidades está o fim da prisão temporária e a liberação do preso, a prorrogação da temporária em mais cinco dias, ou, conforme o pedido do MPF, a conversão em preventiva – sem prazo para terminar.
Entre os dados que embasam o pedido está um depoimento prestado por Henriques à Polícia Federal na manhã desta sexta. Segundo o MPF, ele reconheceu que operava contas no exterior e que fazia alguns pagamentos para "amigos". Ele não informou os nomes, no entanto.
"Trata-se   na   realidade   de   uma   espécie   de   confissão   parcial   e   qualificada   do
investigado. Ele não trata dos fatos na completude e nega as consequências jurídicas ilícitas
de sua conduta", afirmaram os procuradores.
O MPF sustenta ainda que Henriques ainda mantém influência dentro da Petrobras através de amigos com cargos na estatal, e que ele também confirmou ter conhecimento de bastidores políticos envolvendo o PMDB.
http://g1.globo.com/pr/parana.