O juiz federal Sergio Moro decidiu nesta sexta-feira (31) prorrogar por mais cinco dias as prisões temporárias de Othon Luiz Pinheiro da Silva e Flávio David Barra, presos na 16ª fase da Operação Lava Jato. A decisão acolhe parcialmente requerimento do Ministério Público Federal (MPF), que queria que as prisões se tornassem preventivas – sem prazo para expirar.
Houve uma divergência nos pedidos, já que a Polícia Federal não queria a prorrogação das prisões. Para os policiais, não havia indícios que comprovem a fraude.
Os dois documentos foram analisados pelo juiz Sérgio Moro nesta sexta. No despacho, o juiz destaca que a PF não teve acesso a todos os documentos que MPF disponibilizou ao justificar o pedido de conversão em preventiva. Embora o juiz considere que há elementos que justifiquem a prisão preventiva, ele optou por apenas a prorrogação.
"Apesar disso, mesmo estando presentes os pressupostos e fundamentos da prisão preventiva, resolvo, em vista do histórico profissional do investigado Othon Luiz Pinheiro da Silva, com serviços relevantes prestados ao país na área de desenvolvimento da energia nuclear, e diante de sua afirmação de que poderiam ser esclarecidos, documentalmente, os serviços prestados pela Aratec que teriam justificado os aludidos repasses, resolvo, em benefício dos dois investigados, no presente momento apenas prorrogar a prisão temporária por mais cinco dias", diz trecho do despacho.
O prazo das prisões temporárias expiraria no sábado (1º). Com a decisão, eles devem ficar presos pelo menos até quinta-feira (6).