quinta-feira, 27 de agosto de 2015

‘Pau que dá em Chico dá em Francisco’, diz Janot em sabatina

(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Diante de vários investigados na Lava-Jato, procurador-geral da República tenta ser aprovado para segundo mandato
Corre neste momento a sabatina de Ricardo Janot no Senado, parte do ritual para que ele seja reconduzido ao cargo. Muito discurso, salamaleques e pouca contundência. Mesmo assim, Janot respondeu a uma insinuação de acordo político para baixar os teores das denúncias da Lava Jato, Ele negou: “Se quisesse fazer acordão, teria que combinar com os russos antes,” afirmou. “A essa altura, não deixaria os trilhos técnicos do MP para me embrenhar na política. Eu penso, ajo e atuo como Ministério Público. Não há qualquer possibilidade de acordão. Nego veementemente a possibilidade de qualquer acordo que possa interferir nas investigações”, concluiu.
Janot afirmou que o escândalo da Petrobras é o maior esquema de corrupção com o qual se deparou e que roubou o “orgulho” dos brasileiros. A declaração de Janot foi em resposta ao senador Aloysio Nunes. “Concordo com o senhor que a Petrobras foi e é alvo de um megaesquema de corrupção, um enorme esquema de corrupção. Eu, com 31 anos de Ministério Público, jamais vi algo precedente. Esse esquema de corrupção chegou a roubar nosso orgulho. Por isso que a gente investiga a fundo isso” – afirmou o procurador-geral.