Gabriel Garcia
É inquestionável, dentro e fora das paredes do Congresso Nacional, a falta de habilidade política da presidente Dilma Rousseff. Nas cordas por causa da crise política e das denúncias de corrupção que vêm de Curitiba, provenientes da Operação Lava Jato, Dilma não foi à lona por causa do PMDB, que não embarcou no discurso de impeachment da oposição. Não significa que o cenário está resolvido.
O partido do vice-presidente da República Michel Temer afaga a petista com uma mão e a estoca com a outra, tornando-a cada vez mais dependente dos 67 deputados federais e 17 senadores peemedebistas. Se o pedido de impeachment não começou a tramitar no Congresso, Dilma deve ao maior aliado da fragilizada coalizão do governo. Mas o providencial socorro do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), é insuficiente para acalmar os ânimos na base aliada.