
Em depoimento à CPI da Petrobras, o ex-presidente da estatal José Sérgio Gabrielli afirmou que a corrupção confessada por ex-dirigentes da companhia aconteceu “fora” da empresa e que não havia forma de se descobrir antes os desvios. Gabrielli depõe na CPI da Petrobras e até agora o relator, Luiz Sérgio (PT-RJ), tem feito perguntas para que o ex-presidente possa apontar pontos positivos de sua gestão na companhia. Irritada, a oposição já pediu que os questionamentos e as respostas fossem mais objetivos.
Na maior parte do tempo, Gabrielli procurou destacar as vantagens da política de conteúdo nacional aplicada pela companhia, do modelo de partilha de produção para o pré-sal e dos investimentos feitos pela estatal na sua gestão. No pouco que falou sobre as delações do ex-diretor Paulo Roberto Costa e do ex-gerente Pedro Barusco, Gabrielli defendeu a tese de que os procedimentos internos da companhia foram seguidos e que a Petrobras não tinha como ter descoberto a corrupção de seus dirigentes. “Onde eles dizem que fizeram negociações? Na relação direta com o fornecedor, que partilhou parte dos seus ganhos com eles. Eram lucros legais, pagaram impostos e eles dividiram. Não é possível que o sistema de governança da Petrobras captasse essa situação”, disse.