
Esperto e experiente, Lula faz o diabo sempre. E a altíssima conta que o capeta cobra ele empilha nos ombros dos outros
Mary Zaidan
Em abril de 2013, durante encontro com prefeitos na Paraíba, Dilma Rousseff surpreendeu a todos com sua sinceridade: “Podemos fazer o diabo quando é hora de eleição”. Confessou e fez, como é sabido. E o belzebu cobrou. Com juros e correção, sem carência ou parcelamento. Pior, encarnado em gente experiente nesse tipo de pacto.
Mais do que a paralisia do país, a economia estagnada, a inflação e o desemprego em alta, os demônios que assombram Dilma estão incorporados nos presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), antigo desafeto, e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), fiel aliado até poucos dias. E em seu padrinho Lula.