sábado, 21 de março de 2015

Documentos reforçam suspeitas de que Youssef foi sócio oculto da Petrobras




















Investigadores da Força Tarefa da Operação Lava Jato encontraram provas que reforçam as suspeitas de que o doleiro Alberto Youssef foi sócio oculto da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras, na construção de uma usina termo elétrica em Pernambuco.
A usina Suape II começou a ser erguida em 2008 e ficou pronta em 2013, após investimentos de R$ 600 milhões, por um consórcio formado pela BR e duas empresas controladas indiretamente por Youssef: Ellobras e Genpower.
Documentos apreendidos pela Polícia Federal e anexados nas investigações em fevereiro revelam uma série de empréstimos entre a CSA Project Finance Ltda, empresa de fachada do doleiro, com Nelson Luiz Belloti sócio da Ellobras Infra-Estrutura e Participações. As transações somam R$ 929 mil e ocorreram durante o período de licitação da Usina, entre 2007 e 2008.
O doleiro ainda teria intermediado a venda da participação das duas empresas no consórcio formado pela BR Distribuidora, MPE Montagens e Projetos Especiais, Genrent Participação Ltda, Genpower e Ellobras. Um negócio de R$ 35 milhões.
Os investigadores afirmam que a Ellobras e a Genpower são controladas pela CSA, empresa de que já foi comandada pelo ex-deputado José Janene - morto em 2010 - e estava sob o domínio de Youssef. As duas tinham 40% das cotas do consórcio. As outras três tinham 20% cada, incluindo a BR.
Quando venderam a sua parte, a Ellobras e Genpower pagaram a CSA 3% do valor da transação. Em 2011, a Petrobrás assumiu o controle da termelétrica, depois de o consórcio ter deixado o controle da concessão.