
de Estelita Hassa Carazzai, Folha de S. Paulo:
Apelidado pela oposição de “Maurinho Malvadeza”, o secretário da Fazenda do Paraná, Mauro Ricardo Costa, diz que é necessário um ajuste fiscal imediato e severo.
Leia a entrevista a Folha:
Folha – Por que foi preciso propor esse pacote?Mauro Costa – Quando foi feito o orçamento, o cenário que se previa era bem diferente do que realmente aconteceu. O orçamento está totalmente desequilibrado: as receitas estão superestimadas, em razão da situação econômica do país. E as despesas foram subestimadas. É preciso fazer um ajuste fiscal.
Hoje, nós não temos recurso para nada. Nós estamos contando os centavos para fazer o pagamento da folha. A situação é grave.
Em janeiro, se não tivéssemos contado com a boa vontade dos poderes, de terem nos emprestado dinheiro, não teríamos pagado a folha. Só o Tribunal de Contas abriu mão de R$ 82 milhões. Foram R$ 150 milhões no total. Então, se não houver ações para equilibrar o Estado, vamos viver em crise.
Os servidores reclamam que estão perdendo direitos adquiridos.Não são direitos, são privilégios adquiridos. E com dinheiro da população, não com dinheiro do Mauro ou do governador. A população acha que é adequado pagar transporte quando os professores estão de férias, ou afastados? O restante do funcionalismo recebe isso? Não recebe. Só os professores recebem.
Claro que contraria o interesse de classes. Mas é corte de privilégios.