sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

“A greve na educação continua”, diz APP-Sindicato

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Sem a presença do governador Beto Richa (PSDB), que preferiu esticar o feriado de Carnaval em Porto Belo, litoral catarinense, o Palácio Iguaçu abriu hoje à tarde na negociação com a APP-Sindicato. O resultado, segundo os educadores é o seguinte: “A greve na educação continua”.

De acordo com o comando grevista, o governo do estado reafirmou que não reenviará à Assembleia Legislativa do Paraná projetos que mexam nos direitos dos educadores.
“Nenhum projeto que diz respeito ao confisco do Fundo Previdenciário de R$ 8 bilhões será encaminhado à Assembleia sem antes passar pelo crivo do Fórum dos Servidores — instância que reúne 17 entidades”, disse Hermes Leão, presidente da APP.
Para Professor Paixão, que participou da reunião, afirmou que o governo não apresentou proposta concreta aos educadores. “A proposta é insuficiente. Nós não temos condições de começar o ano letivo”, completou.
A comissão governista falou em pagar as rescisões dos PSSs no próximo dia 24 de fevereiro; parcelar o terço de férias em duas parcelas.
Não houve avanço em relação ao pagamento de quatro parcelas em atraso do Fundo Rotativo para o funcionamento das escolas, bem como não vai rever o porte dos estabelecimentos. Ou seja, continuará a faltar funcionários e professores e as salas de aula permanecerão superlotadas.
O governo Richa deverá arrochar ainda mais os educadores, de acordo com os relatos. A ideia governamental é suspender licenças-prêmio e os afastamentos para o PDE.
Timidamente, no Centro Cívico, ouviu-se o grito de guerra “Fora Fernando Xavier”, em alusão ao secretário da Educação — preposto do Grupo Positivo.
Nesta sexta-feira (20), APP e Casa Civil, coordenada pelo secretário Eduardo Sciarra (PSD), voltam à mesa de negociações. No sábado (21), o comando de greve dos educadores avalia o rumo do movimento. “Até lá, a greve continua”, reafirma o presidente Hermes Leão.