quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Richa faz mais promessas à educação, que desconfia. Greve continua no PR

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O governo Beto Richa (PSDB) reconhece a dívida com educadores, mas diz pagar o terço de férias somente no dia 31 de março. A categoria desconfia da promessa, pois, em acordos anteriores, o tucano não cumpriu com o combinado.
“Eles [o governo] querem nos calar agora, voltamos e quando chegar a data limite [de pagamento] – começa tudo de novo, não pagam, sem licenças…”, desabafou a professora Janne Cibelle de Oliveira, de Foz do Iguaçu, onde 5 mil educadores foram às ruas na manhã de hoje.
Embora o líder do governo na Assembleia, Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), tenha afirmado em discurso na tribuna, nesta tarde, que “já está fechado o acordo” que põe fim à greve, a APP-Sindicato nega essa informação.
A APP ainda realizará uma assembleia geral da categoria, em data não definida, para decidir se encerra ou não a greve que completa 17 dias.
O diabo é que as outras categorias, que também engrossaram a marcha desta quarta, em Curitiba, não podem ficar na chuva, isto é, sem suas pautas de reivindicação serem atendidas. Foi o que reclamou o deputado Tercílio Turini (PPS), que saiu em defesa das universidades estaduais que estão em frangalhos.
Não são apenas os temas dos demais servidores que ficaram sem respostas concretas. O deputado Ney Leprevost, em contundente intervenção no plenário, cobrou um pronunciamento oficial do governador. O parlamentar exigiu que Richa fale em público que não mexerá nos 8 bilhões da previdência de todos os funcionários do estado. “Deve calçar as sandálias da humildade e pedir desculpas para os professores que ele chamou de ‘baderneiros’”, cobrou.