sábado, 14 de fevereiro de 2015

Governo tenta trégua para pôr fim à greve dos professores

Theo Marques/Equipe Folha


O dia seguinte à histórica ocupação do pátio da Assembleia Legislativa (AL) do Paraná, que impediu a votação do "pacotaço" fiscal do governador Beto Richa (PSDB), foi de tranquilidade. Do lado de dentro, profissionais contratados pela Casa faziam reparos nos portões e concluíam o trabalho de limpeza, em parte já feito pelos próprios manifestantes. Fora, educadores e integrantes de movimentos sociais seguiam acampados no gramado que dá acesso ao Palácio Iguaçu, sem data prevista para sair do local. 

O governo do Estado agendou uma reunião com a direção da APP-Sindicato, que representa os professores, com o objetivo de discutir o fim da greve e a retomada das aulas. O encontro, marcado pelo chefe da Casa Civil, Eduardo Sciarra (PSD), porém, só ocorrerá depois do carnaval, na próxima quinta-feira, às 14h30. Por enquanto, os docentes dizem que a orientação é manter a mobilização até 23 de fevereiro, quando os deputados estaduais retomam os trabalhos. Anteontem, sem falar em prazos, o Executivo havia anunciado a retirada, para "reexame", das mensagens 06/2015 e 60/2015, que cortam gastos e arrocham direitos trabalhistas. 


Em nota, a assessoria de imprensa da AL informou que a Casa seguirá fechada até o dia 18 e que, neste período, a direção fará um levantamento dos estragos provocados pela ocupação. Ontem, todos os servidores foram dispensados de suas atividades. Conforme o Legislativo, a mudança do local das sessões, do plenário para o restaurante, só ocorreu porque os manifestantes descumpriram o mandado de reintegração de posse.