Editorial, Estadão
Demorou, mas a estagnação da economia brasileira atingiu com força o consumo e as vendas do varejo. Com a inflação disparada, os juros em alta e o emprego rateando, os consumidores se tornaram mais moderados no segundo semestre. As vendas de lojas e supermercados, apesar das festas, diminuíram no fim do ano. Em dezembro, o comércio varejista “ampliado” incluídas as lojas de veículos e componentes e as de material para construção vendeu 3,7% menos que em novembro. No comércio restrito, a queda de um mês para outro foi de 2,6%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os novos números completam um cenário de crise só atenuado pelo desempenho ainda razoável do agronegócio, o setor mais competitivo da economia nacional.