A investigação do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Força Aérea Brasileira (FAB), apontou que houve “uma inadequada aplicação dos comandos de voo” pelo homem que pilotava ao avião de pequeno porte que caiu em Arapongas, norte do Paraná.
O acidente foi em junho de 2022, no Aeroporto Municipal, e matou o instrutor de paraquedismo Luiz Carlos Vieira, de 51 anos. Ele pilotava o avião e, segundo o Cenipa, não tinha habilitação de piloto.
Na aeronave estavam também o filho de Vieira, de 18 anos, e outro homem que é piloto. Os dois ficaram feridos, mas sobreviveram.
A investigação aponta que o piloto tinha o registro para dirigir a aeronave e ele deixou Vieira assumir o comando do voo, atitude que contribuiu para o acidente.
“Após um primeiro toque na pista, o condutor tentou realizar uma arremetida, e, nesse momento, perdeu o controle do avião. A dinâmica do acidente, associada ao fato de o condutor não possui licença ou habilitação de piloto, levou os investigadores a concluir que, uma inadequada aplicação dos comandos de voo resultou na perda do controle do avião. Dessa forma, o fato do piloto ter permitido que uma pessoa não detentora da licença assumisse os comandos caracterizou uma atitude complacente em relação à segurança da operação”, diz o documento.
A investigação foi encerrada em setembro de 2023. A investigação do Cenipa não identificou falhas na estrutura do avião. No dia da queda, o tempo estava bom e não ventava forte.