O sequestro do brasileiro Thiago Allan Freitas não deve ter relação com a onda de violência que o Equador enfrenta, disse o conselheiro da Embaixada do Brasil em Quito, Afonso Nery, nesta quarta-feira (10), em entrevista à CNN.
“Nós estamos desde a tarde de ontem em contato com a família do sequestrado. Primeiro, não nos parece que o sequestro tenha nenhuma ligação com essa violência de três dias em todo o país, que está sendo feita pelos narcotraficantes após a fuga de dois deles das penitenciárias equatorianas”, disse Afonso Nery.
De acordo com o conselheiro, o sequestro de Freitas aconteceu “quando ele saiu para visitar uma loja de carros usados”.
“Houve um silêncio muito longo, quando, de repente, o filho recebe uma ligação do telefone do pai, mas o pai estava com os olhos vendados e as mãos amarradas dizendo que havia sido sequestrado e os sequestradores pediam um resgate”, prosseguiu.
Nery diz que o resgate era de um valor, e após uma conversa do filho com os sequestradores, ficou pela metade.
“O filho, então, entrou nas redes sociais como uma espécie de vaquinha e conseguiu arrecadar um montante ainda longe daquela metade da qual os sequestradores haviam concordado”, explica.
A última notícia sobre o assunto foi recebida pela embaixada durante a manhã de hoje. “A ex-mulher do sequestrado esteve na delegacia em Guayaquil, onde vivem, e a delegacia pediu que se parasse de publicar e de se falar sobre o tema nas redes sociais”, conta Nery.
“Os sequestradores parecem inábeis quando deram números de duas contas de bancos em Guayaquil na qual deveria ser depositado o pedido de resgate”, prossegue.
Na opinião do conselheiro, o silêncio sobre o assunto por parte da família acontece por respeito ao pedido das autoridades locais.
CNN Brasil