terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

Censo 2022 terá quesitos para identificação da população quilombola e diagnóstico para autistas













O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística informou que a coleta da pesquisa para o Censo Demográfico 2022 vai começar em 1º de agosto, e não mais em 1º de junho, como estava previsto. O programa estava previsto ainda para 2020, mas foi adiado pelos efeitos da pandemia. Para conversar sobre o tema, o Jornal da CBN recebeu o coordenador técnico do Censo, Vando da Paz.


Questionado sobre avanços no questionário, como abranger a população LGBTQIA+, Paz afirmou que o IBGE está atento às demandas da sociedade e destacou duas novidades já efetivadas para este ano.

'Teremos quesitos específicos de identidade quilombola. Quando acessarmos essas comunidades, previamente mapeadas, nós vamos abrir alguns quesitos para identificar se aquela população se reconhece como quilombola. (...) Por força de lei, a gente incluiu também um quesito sobre diagnóstico de autismo', explicou.

De acordo com ele, o IBGE estima alcançar 215 milhões de pessoas, o que seria toda a população residente do país. Isso inclui até moradores de rua que ficam em localidades específicas, sejam legais ou não. 'A gente vai investigar, inclusive, as condições de moradia da população', destaca ele.

Um dos desafios do Censo é conseguir chegar aos moradores com segurança. Ainda no contexto da pandemia, inclusive, por questões de saúde. Paz explicou como será feito o contato dos entrevistadores com os moradores.

'Todo entrevistador tem uma matrícula. Ele vai estar com o crachá de identificação e estará registrada a matrícula. O morador, quando receber a visita, pode pedir a matrícula, e se ainda estiver inseguro, não precisa responder naquele momento. Pegando essa matrícula, pode entrar em contato com o IBGE por dois canais: 0800 721 8181 e também temos uma página, no site, chamada Respondendo IBGE', disse ele.

Vando contou porquê o contato presencial é essencial para o levantamento, apesar da entrevista ser possível de ser realizada por telefone ou internet.

'Existe a alternativa, mas sempre a partir de uma primeira visita presencial. A gente precisa garantir que aquele domicílio existe e a gente vai contar a população sempre vinculada ao domicílio. Se o morador preferir fazer a entrevista em outro momento, pode agendar para fazer por telefone ou pela internet, ai ele recebe as orientações', afirmou.