Um levantamento feito pelo instituto de pesquisa de opinião de Moura sobre a relação entre o índice de aprovação e reeleição de governadores desde 1998 mostra que quando a avaliação positiva ficou abaixo de 20%, apenas 11% dos candidatos foram reeleitos.
Apesar de manter a significativa e consistente aprovação entre 19% e 25% nas duas pesquisas, pode não ser o suficiente para conquistar a reeleição. Um levantamento realizado pela Ipsos Public Affairs com base em 300 votações, concluiu que o candidato que detém o cargo vence a eleição quando aprovado por 40% do eleitorado. Se o apoio for de 30%, sua chance cai para 19% e desaba para 8% quando apenas 1/4 da população o avalia bem.
Para que seja reeleito, o desempenho de Bolsonaro no ano eleitoral teria de ser fenomenal. O presidente conta com o Auxílio Brasil para reconquistar parte dos eleitores. Mas o efeito que o auxílio emergencial teve em sua popularidade no ano passado não deve se repetir com o novo programa social. O Auxílio Brasil carrega muitas incertezas e não tem sustentabilidade para depois de 2022, quando terminam os recursos dos precatórios. Além disso, a alta de preços de alimentos faz com que o poder de compra do novo auxílio seja menor. "Outro fator é o trauma da interrupção do auxílio emergencial. Isso anestesia o entusiasmo", diz Moura.