Queiroga falou em uma breve entrevista coletiva. O ministro confirmou que recebeu um pedido de Bolsonaro para “fazer um estudo acerca do uso das máscaras”. Sobre isso, Queiroga respondeu: "Queremos que seja o mais rápido possível”. Mas emendou: “Para isso, precisamos vacinar a população brasileira e avançar”.
Mais tarde, Queiroga gravou um vídeo sobre o tema. Segundo ele, o presidente vê que em outros países onde a vacinação já avançou as pessoas já estão flexibilizando o uso das máscaras. “O presidente me pediu que fizesse um estudo para avaliar a situação aqui no Brasil, então vamos atender essa demanda do presidente Bolsonaro, que está sempre preocupado em pesquisas em relação à Covid”, falou.
Apesar de dizer que a medida está “em estudo”, diferente do que Bolsonaro anunciou, Queiroga negou que esteja sofrendo pressão do presidente neste tema. Em Brasília, contudo, não se descarta a possibilidade do ministro pedir demissão após as declarações do presidente.
Segundo especialistas, mesmo quem já foi vacinado contra a covid-19 ou quem já contraiu a doença deve continuar usando máscara. O equipamento só deve ser dispensado quando uma grande parcela da população já tiver sido vacinada – pelo menos 60%, sendo que o ideal é de 70% para cima. No Brasil, apenas 11,06% das pessoas estão imunizadas com duas doses. Nos Estados Unidos, que liberaram o uso da proteção facial há um mês, 59,4% da população está totalmente imunizada.