Um professor denunciou um policial civil por agressão em Curitiba. A situação ocorreu no dia 25 de abril, dentro do condomínio onde os dois moram, e a Polícia Covil abriu investigação.
Sérgio Ubiratã Alves diz que o policial civil Gilnei Hartleben Biel bateu nele depois de uma provocação que teria partido do policial, que é vizinho.
O policial Gilnei foi procurado para que pudesse contar a versão dele, mas preferiu não dar entrevista. A Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp-PR) disse que o policial nunca respondeu a procedimentos disciplinares.
O professor contou que vinha tendo desentendimentos e sofrendo provocações do policial desde 2018. Tudo motivado por discordâncias políticas, segundo Sérgio.
Sérgio disse que no dia do ocorrido ligou para um amigo advogado, que chamou a polícia. Em seguida, todos foram para a Central de Flagrantes da Polícia Civil.
O policial civil foi ouvido. Segundo a polícia, ele admitiu que entrou em discussão e, posteriormente, em luta corporal com o professor.
O policial disse que, após ofensas e ameaças, o professor tentou o agredir com uma faca e com um vaso de plantas. O boletim de ocorrência (BO) descreve que a faca foi entregue pelo policial, na delegacia.
No mesmo BO, o professor Sérgio dá outra versão. Ele diz que foi provocado por Gilnei, os dois discutiram e entraram em luta corporal. O professor admite que pegou um vaso para se defender, mas conta que não conseguiu acertar o policial.
O professor negou que estivesse com uma faca durante a briga e garantiu desconhecer a faca apresentada pelo policial. Ele criticou a ação dos policiais que atenderam a ocorrência.
Os advogados do professor Sérgio procuraram a Corregedoria da Polícia Civil, que informou ter aberto um procedimento disciplinar para apurar a conduta de Gilnei.
A comissão de direitos humanos da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) acompanha o caso e a defesa do professor disse que quer pedir que o Ministério Público do Paraná (MP-PR) apure o possível abuso de autoridade cometido pela equipe policial que registrou o boletim de ocorrência.
A Sesp, em nota, afirma que o Gilnei possui conduta exemplar e nunca respondeu a procedimentos internos. A nota diz ainda que a briga diz respeito a vida particular do policial.