sábado, 26 de junho de 2021

Polícia investiga denúncia de professor que disse ter sido agredido por policial civil em Curitiba

 


Um professor denunciou um policial civil por agressão em Curitiba. A situação ocorreu no dia 25 de abril, dentro do condomínio onde os dois moram, e a Polícia Covil abriu investigação.

Sérgio Ubiratã Alves diz que o policial civil Gilnei Hartleben Biel bateu nele depois de uma provocação que teria partido do policial, que é vizinho.


O policial Gilnei foi procurado para que pudesse contar a versão dele, mas preferiu não dar entrevista. A Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp-PR) disse que o policial nunca respondeu a procedimentos disciplinares.


O professor contou que vinha tendo desentendimentos e sofrendo provocações do policial desde 2018. Tudo motivado por discordâncias políticas, segundo Sérgio.


Sérgio disse que no dia do ocorrido ligou para um amigo advogado, que chamou a polícia. Em seguida, todos foram para a Central de Flagrantes da Polícia Civil.

O policial civil foi ouvido. Segundo a polícia, ele admitiu que entrou em discussão e, posteriormente, em luta corporal com o professor.


O policial disse que, após ofensas e ameaças, o professor tentou o agredir com uma faca e com um vaso de plantas. O boletim de ocorrência (BO) descreve que a faca foi entregue pelo policial, na delegacia.

No mesmo BO, o professor Sérgio dá outra versão. Ele diz que foi provocado por Gilnei, os dois discutiram e entraram em luta corporal. O professor admite que pegou um vaso para se defender, mas conta que não conseguiu acertar o policial.

O professor negou que estivesse com uma faca durante a briga e garantiu desconhecer a faca apresentada pelo policial. Ele criticou a ação dos policiais que atenderam a ocorrência.


Os advogados do professor Sérgio procuraram a Corregedoria da Polícia Civil, que informou ter aberto um procedimento disciplinar para apurar a conduta de Gilnei.


A comissão de direitos humanos da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) acompanha o caso e a defesa do professor disse que quer pedir que o Ministério Público do Paraná (MP-PR) apure o possível abuso de autoridade cometido pela equipe policial que registrou o boletim de ocorrência.

A Sesp, em nota, afirma que o Gilnei possui conduta exemplar e nunca respondeu a procedimentos internos. A nota diz ainda que a briga diz respeito a vida particular do policial.