NOTICIA NACIONAL...... "Base e até oposição reagem a eventual corte em Bolsa Família no Orçamento"
Senadores da base aliada e até mesmo da oposição reagiram nesta terça feira, 20, à intenção de se fazer cortes ao programa Bolsa Família no Orçamento de 2016. Há duas semanas, o deputado Ricardo Barros (PPPR), relator da peça orçamentária, já havia dito ao Broadcast Político (serviço de notícias em tempo real da Agência Estado) que iria cortar "sem dó" programas sociais, entre eles o Bolsa Família. Nesta terça feira, em reunião no Palácio do Planalto, Barros avisou ao ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, que poderá cortar até R$ 10 bilhões dos R$ 28,8 bilhões previstos no programa. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, a ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, defendeu enfaticamente cada centavo do programa de transferência de renda, que, na quartafeira, 21, completa 12 anos. O líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PTMS), disse que o programa é "quase um mantra" para a gestão petista e que há outros ajustes no Orçamento que possam ser feitos. "O esforço será para manter o Bolsa Família", destacou. Integrante da Comissão Mista de Orçamento (CMO), o senador Walter Pinheiro (PTBA) avaliou que, no momento de recessão econômica que repercute na queda de arrecadação dos entes federados, os pagamentos de benefícios previdenciários e o Bolsa Família são as duas principais fontes que garantem a economia dos municípios. "O INSS e o Bolsa são os arrimos de família das cidades", disse Walter, que adiantou votar contra a proposta de Barros, caso seja levada adiante. A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoBAM) também criticou a tentativa de reduzir os repasses do Bolsa Família. "É preciso encontrar formas e nós aqui apresentamos alguns caminhos, um deles a necessidade de se baixar as taxas de juros", exemplificou ela, em discurso no plenário, em referência à Selic, atualmente em 14,25% ao ano. Embora por razões diversas, o líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), também concorda que não é possível cortar o programa social. Ele disse que, mesmo a proposta não atendendo o objetivo de tirar as pessoas da pobreza, não se deve reduzilo. "Não, não concordo, de maneira alguma, pelo contrário", comentou.