Além das construtoras envolvidas na Lava Jato, banco BTG Pactual, Coteminas, Gerdau, Pirelli, Vale, Drufry Brasil estão entre as companhias que fretaram aeronaves nas quais o ex-presidente viajou para o exterior para realizar palestras
Thiago Bronzatto, Época
Desde quando deixou o Palácio do Planalto, em fevereiro de 2011, até junho de 2015, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva realizou 70 palestras remuneradas no Brasil e no exterior, sendo 47 delas lá fora. A sua maior cliente é a Odebrecht, seguida pela Andrade Gutierrez e pela OAS, investigadas na Lava Jato. Além dessas empreiteiras, responsáveis por bancar a maior parte das viagens de Lula para países da América Latina e África, há outras empresas e instituições financeiras brasileiras e internacionais que fretaram aeronaves, reservaram hotéis e alugaram carros para servir o ex-presidente em eventos fora do Brasil. É o que revelam documentos obtidos por ÉPOCA numa investigação sigilosa do Ministério Público Federal no Distrito Federal — que apura se Lula praticou tráfico de influência no exterior em favor da Odebrecht.