domingo, 1 de março de 2015

Universidades estaduais devem continuar em greve por tempo indeterminado

ues.jpgA exemplo da greve na educação fundamental, esta semana também foi agitada na greve das universidades estaduais do Paraná. Paradas desde o início de fevereiro, as sete instituições nem começaram o ano letivo de 2015, e, mesmo com governador Beto Richa (PSDB) “afrouxando a tanga” na aplicação de parte do seu “pacote de maldades”. Ainda não há previsão de fim da greve e início das aulas.
Na terça-feira (24), os reitores e reitoras se reuniram com o governador Beto Richa e os secretários da Fazenda, Mauro Ricardo Costa, e da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, João Carlos Gomes. Na quarta-feira (25) foi a vez dos sindicatos dos professores e servidores reunirem com o governo, representado pelo secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, João Carlos Gomes.
Na tentativa de pôr fim à greve, o governo prometeu a abertura do orçamento de custeio; o pagamento do 1/3 de férias em parcela única na folha salarial de março; arquivamento do projeto de alteração do sistema previdenciário estadual; a retomada das nomeações de novos professores e agentes universitários, entre outras questões da pauta dos servidores.
Mesmo assim as propostas não agradaram os trabalhadores que estão apresentando indicativo pela continuidade da greve. O principal ponto de insatisfação é a insistência do governo no projeto de autonomia financeira das universidades, que na prática significa a desobrigação do estado com o custeio das instituições.
Na quinta-feira (26), o Conselho Universitário da Unioeste decidiu por unanimidade suspender o calendário acadêmico. Nas demais universidades, estão sendo convocadas assembleias dos grevistas para hoje e para o início da próxima semana, mas nada indica que a greve esteja perto fim.
Assim como na greve da educação fundamental, a avaliação é que o governo quer sacrificar a educação e os servidores de carreira, em benefício dos servidores comissionados e de alto escalão. Falta dinheiro para educação, mas sobra parapublicidade, para o auxílio moradia de juízes e conselheiros do TCE, e por aí vai.