
Na terça-feira (24), os reitores e reitoras se reuniram com o governador Beto Richa e os secretários da Fazenda, Mauro Ricardo Costa, e da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, João Carlos Gomes. Na quarta-feira (25) foi a vez dos sindicatos dos professores e servidores reunirem com o governo, representado pelo secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, João Carlos Gomes.
Na tentativa de pôr fim à greve, o governo prometeu a abertura do orçamento de custeio; o pagamento do 1/3 de férias em parcela única na folha salarial de março; arquivamento do projeto de alteração do sistema previdenciário estadual; a retomada das nomeações de novos professores e agentes universitários, entre outras questões da pauta dos servidores.
Mesmo assim as propostas não agradaram os trabalhadores que estão apresentando indicativo pela continuidade da greve. O principal ponto de insatisfação é a insistência do governo no projeto de autonomia financeira das universidades, que na prática significa a desobrigação do estado com o custeio das instituições.
Na quinta-feira (26), o Conselho Universitário da Unioeste decidiu por unanimidade suspender o calendário acadêmico. Nas demais universidades, estão sendo convocadas assembleias dos grevistas para hoje e para o início da próxima semana, mas nada indica que a greve esteja perto fim.
Assim como na greve da educação fundamental, a avaliação é que o governo quer sacrificar a educação e os servidores de carreira, em benefício dos servidores comissionados e de alto escalão. Falta dinheiro para educação, mas sobra parapublicidade, para o auxílio moradia de juízes e conselheiros do TCE, e por aí vai.