quinta-feira, 26 de junho de 2025

Mais de 330 mil paranaenses não sabem ler nem escrever, segundo estudo do IBGE


 










Informações do módulo anual da PNAD Contínua sobre Educação, divulgado recentemente pelo IBGE mostra que, até o no ano passado, 333 mil pessoas com 15 anos ou mais de idade eram analfabetas no Paraná, o que equivale a uma taxa de analfabetismo de 3,5%. Um ano antes, essa taxa era de 3,4%, com 324 mil paranaenses que não sabiam ler nem escrever.

No período de um ano, então, o Paraná “ganhou” mais 9 mil analfabetos. No Brasil, a taxa de analfabetismo recuou de 5,4% para 5,3% entre 2023 e 2024. O número de pessoas que não sabiam ler nem escrever passando de 9,328 milhões para 9,131 milhões.

Apesar da leve alta no ano passado, o Paraná vem conseguindo reduzir os índices nos últimos 12 anos, quando caiu em mais de 2,6 pontos.

A proporção da população que sabe ler e escrever aumentou em 383 dos 399 municípios do Paraná entre 2010 e 2022, anos em que foram realizados os mais recentes recenseamentos demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Curitiba é a cidade do Paraná com melhor índice de alfabetização. Na capital paranaense, apenas 1,5% dos residentes com 15 anos ou mais são analfabetos. O número também faz da cidade a segunda mais bem classificada no indicador entre aquelas com mais de 500 mil habitantes. Fica atrás apenas de Florianópolis, onde a taxa é de 1,4%.

Embora tenha crescido, a taxa de analfabetismo paranaense ainda fica abaixo da média nacional (de 5,3%) e é a sexta menor do país.

Apenas o Distrito Federal (1,8%), Santa Catarina (1,9%), Rio de Janeiro (2%), São Paulo (2,3%) e Rio Grande do Sul (2,4%) possuem uma proporção menor de analfabetos em suas populações.

Os dados do IBGE revelam ainda que em 2024 havia 223 mil paranaenses com 60 anos ou mais de idade que era analfabetos. Isso corresponde a uma taxa de 11,6% para esse grupo etário. Entre os grupos mais jovens, os porcentuais diminuem progressivamente: 6,0% entre as pessoas com 40 anos ou mais, 4,2% entre aquelas com 25 anos ou mais e 3,7% na população com 18 anos ou mais.

Para William Kratochwill, analista do IBGE, “esses dados indicam que o analfabetismo segue fortemente associado à idade. As novas gerações estão tendo maior acesso à escolarização e sendo alfabetizadas na infância. A diferença de quase 10 p.p. entre as taxas de analfabetismo dos mais jovens e dos idosos evidencia esse caráter etário e reforça a importância de políticas específicas para alfabetização de adultos”.