O advogado Leonardo Mestre Negri, que representa a família da vítima, disse que o jovem tinha emprego em uma multinacional, e morava com a mãe. Segundo o defensor, "a família está buscando compreender as circunstâncias do brutal crime que ceifou sua vida" e confia que "as autoridades competentes irão apurar os fatos com rigor e celeridade, identificando os responsáveis e garantindo que sejam devidamente responsabilizados".
Segundo investigações da Polícia Civil, Rodrigo Boschen foi seguido e agredido supostamente pelos dois funcionários e pelo terceirizado após sair do estabelecimento com os itens que teriam sido furtados. A família, que mora próximo ao supermercado, confirma que o rapaz frequentava o estabelecimento com frequência.
Câmeras de segurança registraram o momento em que o rapaz é perseguido por funcionários do supermercado. Eles pedem ajuda para um motoboy, que passava pelo local, para segurar o jovem. Na sequência, as agressões teriam ocorrido. Até o momento, porém, não há imagens que confirmem que os funcionários agrediram a vítima.
Por outro lado, gravações de câmeras de segurança e de uma testemunha mostram três pessoas carregando o rapaz, que é deixado em uma calçada perto do supermercado. O Corpo de Bombeiros foi acionado por um morador da região e constatou o óbito.
Um segurança do supermercado e o motoboy foram presos preventivamente. Um segundo funcionário também foi preso e solto após audiência de custódia. Ele não aparece nas imagens da perseguição, mas teria ajudado a carregar Rodrigo. O quarto investigado está foragido. Os suspeitos negam autoria do crime.
O supermercado lamentou a morte e disse que colabora com a Justiça para apurar as responsabilidades dos envolvidos. O advogado Elias Mattar Assad, que representa o estabelecimento, esclareceu que o crime ocorreu fora das dependências da empresa.
"O mercado, em seus protocolos de segurança, sempre recomendou aos seus funcionários e terceirizados máxima cautela em ações permeadas pela contenção não-violenta, e sempre restrita aos limites de suas unidades. Este fato isolado ocorreu fora de suas dependências. Quem iniciou a agressão foi um terceiro, estranho ao estabelecimento. Esperamos que estes fatos sejam interpretados dentro da realidade e dentro do que realmente aconteceu naquele local", disse o advogado em nota enviada à imprensa.