O Estado conta com duas comunidades da Província Agostiniana, a qual o novo Papa pertence: a Paróquia São Pedro Apóstolo e Nossa Senhora de Fátima, em Rolândia, e a Paróquia Nossa Senhora da Cabeça, na Cidade Industrial de Curitiba. Foi nesses lugares que Frei Robert fez suas visitas pastorais no início dos anos 2000, uma das missões pertinentes ao superior da Ordem.
Natural de Bela Vista do Paraíso, o Frei Maciel Alves Bueno se mudou ainda criança para Rolândia, onde começou a se envolver com as atividades da igreja. Ordenado em 2002, no ano seguinte ele assumiu como reitor do Seminário Santo Agostinho na cidade em 2003, cargo que ocupava quando o Frei Robert visitou a comunidade no ano seguinte.
É ele quem aparece em fotos ao lado do novo Papa em uma missa celebrada Paróquia de São Pedro naquele ano. “Como superior, uma de suas responsabilidades era visitar comunidades ao redor do mundo e incentivar os frades na vida pastoral. Foi isso que ele veio fazer em Rolândia. Ele ficou hospedado no nosso seminário por três ou quatro dias, conversou com cada frade individualmente. Ele também visitou nossas obras na cidade, que na época eram o seminário e a paróquia, celebrou missas e conversou com algumas pessoas”, contou.
“Na época ele era um frade como nós. Ocupava uma posição importante na Ordem, mas ainda não tinha sido ordenado bispo. E muito por causa da nossa espiritualidade enquanto agostinianos, a relação com ele foi sempre de muita proximidade”, disse Frei Maciel. “O novo pontífice é uma pessoa tranquila, simples e bem humorada, que conversa com outras pessoas. Foi isso que ele mostrou em Rolândia, muito bom humor e carisma, dava risada, abraçava. A gente até brincava com os outros frades: vai dar um abraço no chefe. E ele acolhia todos com muita tranquilidade”
Frei Maciel conta ainda que esteve em outras ocasiões com Frei Robert, agora Papa Leão XIV. Após a fumaça branca subir pela chaminé, o momento em que o novo papa apareceu na varanda da Basílica de São Pedro foi de muita emoção para os frades agostinianos. “Eu estava em comunidade com outros confrades e a gente pulou, gritou, chorou por ver um irmão nosso se tornar o sucessor de São Pedro e do Papa Francisco. Agora vem a responsabilidade, porque precisamos apoiá-lo nessa missão”, afirmou.