Os ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) rejeitaram, por unanimidade, representação que visava avaliar o grau de autonomia do tenente-coronel Mauro Cid em possíveis ilícitos cometidos quando era ajudante de ordens do agora ex-presidente Jair Bolsonaro.
A representação foi apresentada pelo Ministério Público junto ao TCU e questionava o grau de autonomia de Cid em dois episódios: 1) a venda de um relógio Rolex recebido por Bolsonaro em viagem oficial e 2) a falsificação de certificados de vacina contra Covid-19 do ex-presidente.
Na prática, a intenção do subprocurador-geral do MPTCU, Lucas Rocha Furtado, autor da representação agora rejeitada pelos ministros da Corte, era tentar demonstrar que o ex-ajudante de ordens apenas cumpriu ordens de Bolsonaro nesses dois episódios.
Ao rejeitar o pedido de investigação, os ministros do TCU seguiram a área ténica do tribunal, que recomendou o arquivamento da representação por entender que ela não estava acompanhada de indícios suficientes de irregularidade ou ilegalidade atribuídos a Cid.
Igor Gadelha – Metrópoles