Dados do Vacinômetro Nacional, do Ministério da Saúde, apontam que de janeiro a agosto deste ano apenas 719 mil vacinas contra a Covid-19 foram aplicadas no Paraná. O número representa uma redução de mais de 91% quando comparado ao mesmo período em 2022, de 8.580.396 aplicações. Mesmo levando em consideração que a maioria absoluta da população está vacinada, a popular quarta dose ainda alcança público bem abaixo do esperado: quase 6 milhões de paranaenses não tomaram a segunda dose de reforço contra a doença.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) alerta para a importância da continuidade da imunização contra o vírus SARS-CoV-2, para aumentar a proteção e evitar o agravamento da doença em caso de infecção. “Precisamos retomar o hábito de se vacinar. Sabemos que durante toda a pandemia fomos bombardeados com fake news e desinformação, e que por este motivo muitas pessoas deixaram de se vacinar, mas a eficácia e segurança desses imunizantes é comprovada”, disse o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
Segundo ele, mais de 214 mil doses somente da bivalente contra a Covid-19 estão disponíveis no Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar) e nas 22 Regionais de Saúde para distribuição. Há ainda um quantitativo considerável nos estoques dos municípios, permitindo que as pessoas procurem a vacina perto de suas casas.
Segundo o Vacinômetro, apenas 1.596.371 vacinas bivalentes foram aplicadas no Estado. A população de 60 a 69 anos foi a que mais procurou uma unidade de saúde. Menos de 200 mil jovens de 20 a 29 anos tomaram essa dose no Estado. Ela é elencada para todas as pessoas as pessoas acima de 18 anos – e para mais de 12 anos em alguns casos, como imunocromprometidos.
“Contamos com o apoio da população para que atualizem o esquema proposto pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), só assim manteremos a estabilidade no número de casos”, afirmou o secretário. “Ainda que haja queda na procura, observada em todo o território nacional, o Paraná registra quase 30 milhões de imunizantes contra o vírus da Covid-19 aplicados desde janeiro de 2021, colocando o Estado como o 5º do País com o maior número de doses administradas. Podemos melhorar ainda mais esses números”.