terça-feira, 26 de setembro de 2023

Adolescente de 14 anos é suspeito de comandar quadrilha que hackeou logins da Polícia e Exército













Um adolescente de 14 anos é suspeito de chefiar um grupo que comercializava mais de 20 milhões de logins e senhas do Exército, das policiais brasileiras e órgãos da Justiça. As informações foram divulgadas neste domingo, 24, no programa Fantástico, da TV Globo.

Cinco pessoas são investigadas pelo caso, sendo três adultos e dois adolescentes. Todos foram detidos em junho deste ano na Operação Lotter, mas foram liberados.

A primeira apreensão ocorreu devido a uma operação da Polícia Civil, que chegou até a casa de um dos suspeitos, um adolescente de 17 anos. Identificado como ‘Adolescente A’, ele é morador de Bady Bassit, no interior de São Paulo. Na semana passada, voltou a ser capturado e está na Fundação Casa.

No momento em que a equipe de investigação chegou até o imóvel, o computador dele estava logado no sistema da Polícia Civil do estado. As autoridades apuraram que ele alimentou da própria máquina o sistema com um boletim de ocorrência contendo informações falsas. O PC foi apreendido.

Enquanto a polícia estava na casa, outro integrante da quadrilha que conversava com o adolescente, gravou a ação e publicou o vídeo no Youtube. Ele foi identificado como Lucas Barbas, de 18 anos, morador da capital paulista. Na internet, o jovem é conhecido como Fusaao, e foi preso quatro dias depois.

A reportagem aponta que Barbas teria se declarado morto no sistema da polícia para que sua ficha criminal não aparecesse numa futura pesquisa. A defesa alegou ao programa que ele é inocente.

Chefe da quadrilha

Com o objetivo de chegar até o suspeito de chefiar a quadrilha, a polícia investigou a conexão dos jovens detidos, e descobriu que todos se conheceram em comunidades de jogos no aplicativo de mensagens Discord. Os cinco só usavam apelidos na plataforma.

Segundo o Fantástico, tudo ficava armazenado em servidores privados, em uma nuvem, que criavam conexões fantasmas para dificultar o rastreamento dos endereços dos computadores. No entanto, mesmo com esse dificultador, a polícia conseguiu descobrir que havia integrantes da quadrilha em Curitiba (PR), Jaciara (MT), e Blumenau (SC).