A Câmara Municipal de Maringá cassou nesta quarta-feira (27), por 20 votos a 2, o mandato da vereadora Cris Lauer (Novo), acusada de improbidade administrativa. Ela foi a mais votada da história da cidade na última eleição, com 7.531 votos. A decisão será formalizada por decreto legislativo e comunicada à Justiça Eleitoral. Essa é a primeira vez que um vereador do legislativo maringaense é cassado.
A sessão extraordinária começou às 14h e terminou por volta das 17h. Lauer e seu advogado de defesa, Leandro Rosa, não compareceram. A defesa havia pedido o adiamento da sessão alegando compromisso do advogado em outra cidade, mas o pedido foi negado pela Casa.
A denúncia contra a parlamentar aponta que ela utilizou seu então chefe de gabinete, também advogado, para atuar em processos particulares sem remuneração extra. A prática, segundo o relatório da Comissão Processante, caracteriza uso indevido da estrutura pública para fins pessoais.
O relatório que recomendou a cassação foi elaborado pelo vereador Sidnei Telles (Podemos) e aprovado pela ampla maioria. Apenas os vereadores Daniel Malvezzi (Novo) e Giselli Bianchini (PP) foram contrários à perda do mandato.
Akemi Nishimori (PSD), Ângelo Salgueiro (Podemos), Bravin Júnior (PP), Diogo Altamir da Lotérica (PSDB), Flávio Mantovani (PSD), Guilherme Machado (PL), Ítalo Maronezi (PDT), Jeremias (PL), Lemuel do Salvando Vidas (PDT), Luiz Neto (Agir), Majô (PP), Maninho (Republicanos), Mário Hossokawa (PP), Mário Verri (PT), Odair Fogueteiro (PP), Pastor Sandro (União), Professora Ana Lúcia (PDT), Sidnei Telles (Podemos), Uilian da Farmácia (União) e William Gentil (PP).
Com a cassação, a Mesa Executiva da Câmara vai emitir decreto legislativo formalizando a decisão, que será publicada no Diário Oficial do Município. O caso também será comunicado à Justiça Eleitoral para as providências cabíveis.