sexta-feira, 1 de agosto de 2025

Duas pessoas morrem após colisão na PR-437, em Primeiro de Maio

 


Um grave acidente na PR-437, em Primeiro de Maio no Norte do Paraná, resultou na morte de duas pessoas na noite de quinta-feira (31). A colisão traseira envolveu um Hyundai HB20 e um caminhão Mercedes-Benz L 1113.

O acidente ocorreu por volta das 19h20, no km 24 + 700 metros da rodovia. Segundo a Polícia Rodoviária Estadual (PRE), o caminhão estava estacionado no acostamento quando o HB20 perdeu o controle em uma curva e colidiu na traseira do veículo.

O condutor do HB20, de 61 anos, e o passageiro, de 68 anos, morreram no local. Os corpos foram encaminhados ao Instituto Médico-Legal (IML) de Londrina. O motorista do caminhão, de 42 anos, não se feriu e testou negativo para álcool.

A Polícia Científica e Polícia Civil de Primeiro de Maio acompanharam o atendimento da ocorrência.

Trump adia início de tarifas no Brasil e no mundo; mercados reagem


 














Após repetir reiteradamente que o dia 1º de agosto seria o prazo final e inadiável para aplicação do tarifaço, o governo dos Estados Unidos jogou para semana que vem a data em que entrarão em vigor tarifas recíprocas reajustadas por Donald Trump.

Em ordem executiva assinada nesta quinta-feira (31), o republicano impôs alíquotas que variam de 10% a 41% a dezenas de países. O decreto pontua que as taxas entram em vigor sete dias após sua publicação, no dia 7 de agosto, próxima quinta-feira.

O Brasil aparece na lista com uma alíquota recíproca de 10%. Na véspera, quarta-feira (30), o republicano confirmou, já considerando esta taxa base, que iria subir em 40 pontos percentuais a tarifa aplicada contra os importados brasileiros, totalizando 50%.

O decreto desta quinta trata de reajustar as tarifas anunciadas pelo republicano em 2 de abril, que ficou conhecido como Dia da Libertação.

Uma semana mais tarde, porém, Trump anunciou uma pausa de 90 dias ao tarifaço para que os EUA pudessem negociar com seus parceiros comerciais.

O período foi marcado por uma escalada de tensão com a China; o vai e vem de tarifas contra o México e Canadá; acordos vagarosos com o Japão e a União Europeia; e ameaças a países que adotassem posturas anti-americanas, segundo Trump.

A princípio, o tarifaço voltaria a vigorar em sua plena magnitude no começo de julho. Naquela época, o republicano começou a sinalizar o andamento de algumas tratativas, novamente adiando a entrada em vigor das alíquotas.

Impacto nos mercados globais

Como todo episódio de instabilidade provocado pela guerra comercial de Trump, este também abalou com o movimento dos mercados.

Na Ásia, por volta das 23h de Brasília, o índice acionário japonês Nikkei 225 recuava 0,43%. Na Coreia do Sul, o Kospi abriu em queda de 1,08%. Já o Hang Seng, de Hong Kong, caía 0,12%; enquanto o SSE Composite Index, de Shangai, tinha baixa de 0,08%. Em Taiwan, o mercado caiu mais de 1% durante a abertura.

Enquanto isso, no mercado futuro, antes da abertura das negociações, o Stoxx 600, da Europa, recuava 0,75%; e as bolsas norte-americanas tinham queda de 0,11% (Dow Jones) a 0,21% (Nasdaq).

CNN

TCU condena ex-diretores do Postalis por rombo de R$ 1 bilhão


 














O Tribunal de Contas da União (TCU) condenou, dois ex-diretores do Instituto de Previdência Complementar dos Empregados dos Correios (Postalis) e duas empresas a devolverem mais de R$ 452,8 milhões à entidade, valor histórico do rombo causado por investimentos considerados inadequados em um fundo. Também aplicou multa que, ao todo, soma R$ 307 milhões.

O montante, em valores atualizados até esta quarta, alcança R$ 915.165.985,45, além da multa.

Uma auditoria da Corte analisou o déficit acumulado pela Postalis em relação ao Fundo de Investimento em Cotas de Fundos de Investimento Multimercado Serengeti (FIC Serengeti), apontando para uma série de irregularidades. As ações se deram em meio a uma grave crise financeira do Postalis: o Plano de Benefício Definido (PBD) viu o prejuízo quintuplicar em 5 anos: era R$ 1,34 bilhão em 2010, que saltou para mais de R$ 6,77 bilhões em 2015.

O caso levou à realização de sucessivos planos para equacionar o déficit: funcionários, aposentados e pensionistas dos Correios precisaram arcar com contribuições extras – uma de 13,98% e outra de 3,94%, já existente – para cobrir o rombo. A previsão é de que perdurem até 2039.

“Na prática, isso significou que milhares de trabalhadores ativos, aposentados e pensionistas dos Correios foram compelidos a arcar com o prejuízo. […] A presente apuração de responsabilidade visa, portanto, a identificar a parcela desse sacrifício que não decorreu de riscos ordinários de mercado, mas de atos de gestão temerária, buscando o devido ressarcimento”, explicou o relator no TCU, Bruno Dantas, no voto.

A condenação do ex-diretor-presidente do Postalis Antônio Carlos Conquista, do ex-diretor financeiro Ricardo Oliveira Azevedo e da BNY Mellon – responsável pela administração fiduciária e pela gestão da carteira do FIC Serengeti – ao ressarcimento de R$ 452,8 milhões ocorreu de forma solidária.

Em outras palavras, isso não significa que cada um deve o valor integralmente, e sim que o Postalis pode cobrar qualquer um deles (ou mais de um) até quitar a dívida. A Azevedo, no entanto, o TCU atribuiu a responsabilidade solidária apenas a uma parte do débito: R$ 178 milhões.

A gestão de fundos do Postalis

O Postalis, entidade fechada de previdência complementar dos empregados dos Correios, constituiu o FIC Serengeti em 2008 para alocar recursos do PBD, terceirizando a gestão e a operacionalização em dezembro de 2010. No contrato, a responsabilidade recaiu sobre o BNY Mellon Serviços Financeiros Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. (BNY Mellon DTVM).

Como se tratava de um fundo de investimento em cotas (FIC), a carteira do Serengeti tinha, na maioria, cotas de outros fundos, culminando numa estrutura com diferentes camadas de gestão. É a chamada “árvore de fundos”.

A irregularidade central pairou sobre a constatação de que a gestão do FIC Serengeti, feita pelo BNY Mellon, descumpriu a política de investimentos do fundo. O regulamento dele previa a busca por uma “boa relação risco/retorno”.

O TCU mostrou que a carteira do fundo tinha uma relação de risco e retorno considerada inadequada, o que levou ao dano ao Postalis, uma vez que o FIC Serengeti apresentava alto risco com baixo retorno. O rendimento era menor que o de títulos públicos, sem risco.

Para a Corte, esse quadro resultou de uma alocação de ativos considerada ineficiente e temerária. Também verificou falhas nos meios e no processo de gestão, assim como no desrespeito à lei quanto ao dever fiduciário e às normas.

“Pois foi exatamente nesse quadrante da irracionalidade financeira que a auditoria deste Tribunal encontrou o FIC Serengeti. A análise empreendida demonstrou, de forma objetiva, que a cláusula basilar de seu regulamento foi sistematicamente violada. Com base nos dados históricos que eram públicos e disponíveis aos gestores em agosto de 2012 – abrangendo o período de 2009 a 2012 –, constatou-se que a carteira do fundo não apenas falhou em buscar uma “boa” relação risco/retorno, como ativamente manteve uma das piores relações possíveis”, prosseguiu Dantas.

Metrópoles – Tácio Lorran

Taxa de 50% dos EUA tem exceções: veja quais produtos brasileiros foram poupados


 











Apesar de ter anunciado uma tarifa de 50% sobre produtos importados do Brasil, o governo dos Estados Unidos decidiu deixar vários itens de fora da cobrança.

A lista de produtos isentos foi divulgada nesta quarta-feira (30), junto com o decreto oficial assinado pelo presidente Donald Trump.

Segundo o texto, continuam livres da tarifa extra produtos como alimentos enviados como suco de laranja, combustíveis, veículos, peças de avião e alguns tipos de metais e madeira.

Essas exceções foram incluídas no anexo da ordem executiva e valem a partir da data em que a medida entra em vigor.

A taxação deve impactar significativamente as exportações brasileiras. No entanto, a lista de isenções pode representar um alívio para setores como o aeronáutico, energético e agrícola.

Confira os principais itens que não serão afetados pela alíquota adicional de 40%:

  • Artigos de aeronaves civis

Estão isentos todas as aeronaves civis (não militares), seus motores, peças, subconjuntos e simuladores de voo. A lista inclui desde tubos e mangueiras até sistemas elétricos, pneus e estruturas metálicas.

  • Veículos e peças específicas

A tarifa não se aplica a veículos de passageiros, como sedans, SUVs, minivans e vans de carga, além de caminhões leves e suas respectivas peças e componentes.

  • Produtos de ferro, aço, alumínio e cobre

Produtos específicos e derivados desses metais, incluindo itens semiacabados e componentes industriais, também estão fora da nova alíquota.

  • Fertilizantes

Fertilizantes amplamente utilizados na agricultura brasileira estão isentos da tarifa adicional.

  • Produtos agrícolas e de madeira

A lista inclui castanha-do-brasil, suco e polpa de laranja, mica bruta, madeira tropical serrada ou lascada, polpa de madeira e fios de sisal ou de outras fibras do gênero Agave.

  • Metais e minerais específicos

Estão isentos produtos como silício, ferro-gusa, alumina, estanho (em diversas formas), metais preciosos como ouro e prata, ferroníquel, ferronióbio e produtos ferrosos obtidos por redução direta de minério de ferro.

  • Energia e produtos energéticos

A tarifa não se aplica a diversos tipos de carvão, gás natural, petróleo e derivados, como querosene, óleos lubrificantes, parafina, coque de petróleo, betume, misturas betuminosas e até energia elétrica.

  • Bens retornados aos EUA

Artigos que foram exportados para reparo, modificação ou processamento e que retornam aos Estados Unidos sob certas condições também estão isentos, com exceções específicas para o valor agregado.

  • Bens em trânsito

Produtos que já estavam em trânsito antes da entrada em vigor da ordem — desde que cheguem aos EUA até 5 de outubro — não serão afetados pela nova tarifa.

  • Produtos de uso pessoal

Itens incluídos na bagagem acompanhada de passageiros que chegam aos Estados Unidos estão isentos da alíquota adicional.

  • Donativos e materiais informativos

Doações de alimentos, roupas e medicamentos destinados a aliviar o sofrimento humano estão isentas, salvo se o presidente considerar que representam risco à segurança nacional. Também estão livres da tarifa materiais informativos como livros, filmes, CDs, pôsteres, obras de arte e conteúdos jornalísticos.

g1

STF ignora sanção dos EUA e mantém previsão de julgar Bolsonaro em setembro


 












O ministro Cristiano Zanin, do STF (Supremo Tribunal Federal), sinalizou a interlocutores que vai reservar as cinco terça-feiras de setembro para o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e demais réus do núcleo 1 da ação penal da trama golpista.

Com a sinalização, o tribunal ignora as sanções impostas pelos Estados Unidos a seus ministros — em especial, ao relator da ação penal, Alexandre de Moraes.

Zanin é o presidente da Primeira Turma, colegiado do tribunal onde tramita a ação penal, e cabe a ele a definição de uma data para julgar o mérito do processo.

A expectativa é a de que a oficialização das datas seja tomada nos próximos dias, após uma conversa entre Zanin e Alexandre de Moraes, relator da ação.

O prazo para a apresentação das alegações finais dos réus da ação termina no dia 13 de agosto. A CNN mostrou em junho que a previsão era a de que o julgamento acontecesse em setembro.

A expectativa no tribunal é a de que, após os 45 dias previstos para o envio das manifestações de todas as partes do processo, o ministro conceda um mês para que os colegas estudem o caso antes de pedir que o julgamento seja marcado.

Os réus do “núcleo 1” da trama golpista são:

Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;
Mauro Cid, tenente-coronel do Exército e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
Walter Braga Netto, general do Exército, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil na gestão Bolsonaro, além de candidato a vice-presidente em 2022;

Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);

Almir Garnier, almirante de esquadra e ex-comandante da Marinha;

Anderson Torres, ex-ministro da Justiça no governo Bolsonaro e ex-secretário da Segurança Pública do Distrito Federal;

Augusto Heleno, general da reserva do Exército e ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) na administração Bolsonaro;
Paulo Sérgio Nogueira, general do Exército e ex-ministro da Defesa de Bolsonaro.

CNN

Hugo reforça discurso de soberania e condena sanção dos EUA a Moraes














 O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), criticou a sanção dos Estados Unidos contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), e reforçou o discurso sobre a soberania do país.

Hugo afirmou que “como país soberano não podemos apoiar nenhum tipo de sanção por parte de nações estrangeiras dirigida a membros de qualquer Poder constituído da República. Isso vale para todos os parlamentares, membros do executivo e ministros dos Tribunais Superiores”.

Em postagem no X (antigo Twitter), o presidente da Câmara citou que a democracia brasileira é composta pelos três Poderes — Executivo, Legislativo e Judiciário — e que as instituições atuam com “independência e harmonia, como estabelece a Constituição”.

“Reafirmo que a Câmara dos Deputados será sempre espaço de diálogo e equilíbrio na defesa da institucionalidade e do Brasil, sobretudo em tempos desafiadores”, completou Hugo Motta.

O governo de Donald Trump anunciou na tarde desta quarta a aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes. A medida prevê sanções econômicas ao ministro e pessoas próximas.

Flávio Dino, colega de Moraes, prestou solidariedade.

Por nota, o ministro Jorge Messias, da AGU (Advocacia Geral da União), afirmou que a medida “representa um grave e inaceitável ataque à soberania do nosso país”.

Messias ressaltou que “todas as medidas adequadas, que são de responsabilidade do Estado brasileiro para salvaguardar sua soberania e instituições, especialmente em relação à autonomia de seu Poder Judiciário, serão adotadas”.

Já o ministro Vinicius Marques de Carvalho, da CGU (Controladoria-Geral da União), disse que a sanção é um “ato político inaceitável”.

“A medida fere frontalmente a soberania do Brasil e busca intimidar instituições que atuam de forma independente e em estrita observância à Constituição de 1988”, frisou.

CNN

Governo Lula avalia entrar na Justiça americana em defesa de Alexandre de Moraes


 












O governo Lula (PT) avalia recorrer à Justiça americana em defesa do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), após a sanção imposta pelo presidente Donald Trump. Uma das hipóteses prevê a contratação de um escritório de advocacia nos Estados Unidos para representar diretamente o magistrado.

Outra proposta à mesa seria levar à corte dos EUA uma tese sobre a soberania das instituições brasileiras, incluindo aí o Judiciário. Ministros do STF esperam que a reação à sanção de Trump contra Moraes seja capitaneada pelo governo, com uso da AGU (Advocacia-Geral da União) e do Itamaraty.

Integrantes do tribunal passaram a tarde desta quarta-feira (30) em conversas com ministros e interlocutores no governo para definir como seria a resposta à aplicação da Lei Magnitsky contra Moraes.

Dentro do Supremo há também a avaliação de que um dos caminhos possíveis para questionar a decisão de Trump seja por meio de ação da AGU na Justiça americana. Apesar de as sanções serem aplicadas de forma administrativa pelo Executivo, levar o caso aos tribunais americanos pode levantar debates sobre o assunto.

Integrantes da corte entendem que Trump tenta interferir na Justiça brasileira às vésperas do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pela suposta trama golpista e não dá sinais de que recuará em sua ofensiva, segundo três ministros ouvidos pela Folha.

Auxiliares de Lula afirmam que a soberania nacional é inegociável. Magistrados refutam a ideia de que as sanções americanas vão influenciar o julgamento sobre a suposta tentativa de golpe de Estado —ao contrário, a análise do caso deve ser permeada pelo discurso sobre a soberania nacional.

Os ministros do STF tentam mensurar os efeitos da aplicação da Lei Magnitsky contra Moraes. A legislação trata de graves violações aos direitos humanos e tenta decretar o congelamento das contas de seus alvos.

A decisão de usá-la contra um brasileiro é inédita. Os EUA aplicaram a mesma sanção a integrantes de cortes superiores da Venezuela no passado.

A medida foi publicada em site do Tesouro americano, que registrou a inclusão do ministro sob uma sanção da Ofac, Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros, que pertence ao Departamento do Tesouro dos Estados Unidos.

Por meio dessa decisão, o governo Trump determina o congelamento de qualquer bem ou ativo que Moraes tenha nos Estados Unidos, e também pode proibir entidades financeiras americanas de fazerem operações em dólares em favor do ministro. Isso inclui as bandeiras de cartões de crédito Mastercard e Visa, por exemplo.

Folha de S.Paulo

Ministros do STF se reúnem com Lula após sanções contra Moraes


 












O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso, e os ministros Gilmar Mendes e Cristiano Zanin se reuniram na noite desta quarta-feira (30) com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para discutir as sanções sofridas por Alexandre de Moraes pelo governo dos Estados Unidos, conforme apurou a CNN.

A reunião ocorreu no Palácio do Planalto logo após a Corte ter divulgado uma nota de solidariedade a Moraes. Na manifestação, o Supremo afirmou que não vai desviar do papel de cumprir a Constituição Federal.

O encontro entre o chefe do Executivo com os magistrados ocorreu na esteira da convocação de Lula a uma reunião com ministros da Esplanada.

Após as reuniões, o Planalto divulgou uma nota defendendo a soberania nacional e a independência entre poderes.

“O Brasil é um país soberano e democrático, que respeita os direitos humanos e a independência entre os Poderes. Um país que defende o multilateralismo e a convivência harmoniosa entre as Nações, o que tem garantido a força da nossa economia e a autonomia da nossa política externa”, diz trecho.

Há a expectativa que o ministro se manifeste em resposta às sanções do governo americano em sessão plenária do Supremo nesta sexta-feira (1º).

Sanções contra Moraes

Na tarde desta quarta, o governo americano anunciou a aplicação da Lei Magnitsky contra Moraes.

O governo de Donald Trump citou os processos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e afirmou que o magistrado autorizou detenções preventivas arbitrárias e suprimiu liberdade de expressão.

Segundo o comunicado do Departamento do Tesouro dos EUA, todos os bens e interesses de Moraes que “estejam nos Estados Unidos ou em posse, ou controle de cidadãos americanos” estão bloqueados e devem ser reportados ao Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros.

Além disso, quaisquer entidades que sejam de propriedade, direta ou indiretamente, individualmente ou em conjunto, de 50% ou mais de Moraes também estão bloqueadas.

CNN

Além do tarifaço, Brasil pode sofrer sanções dos EUA por comércio com a Rússia, dizem senadores que viajaram a Washington.


 














Os senadores brasileiros que viajaram a Washington para tentar abrir um canal de diálogo com o Congresso e com o setor privado norte-americano afirmaram nesta quarta-feira (30) que a relação comercial do Brasil com a Rússia pode gerar uma nova tensão com os EUA.

“Há outra crise pior que pode nos atingir em 90 dias”, afirmou o senador Carlos Viana (Podemos-MG) a jornalistas.

“Tanto republicanos quanto democratas foram firmes em dizer que vão aprovar uma lei que vai criar sanções automáticas para todos os países que fazem negócios com a Rússia”, completou.

A comitiva reforçou que esse é um dos pontos que serão abordados com o governo brasileiro, reiterando que a leitura dos parlamentares norte-americanos é que os países que continuam a fazer negócio com Putin estão ajudando a intensificar o conflito entre Moscou e a Ucrânia.

“Eles estão preocupados em acabar com a guerra [com a Ucrânia], e eles acham que quem compra da Rússia dá munição para a guerra continuar”, afirmou a senadora Tereza Cristina (PP-MS).

A importação de combustível da Rússia por parte de vários países pelo mundo tem sido um tema sensível entre republicanos e democratas nos Estados Unidos. No caso do Brasil, a maior importação diz respeito a combustíveis e fertilizantes.

Mais cedo nesta quarta-feira (30), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impôs uma “multa” à Índia como forma de penalidade pelas negociações de equipamentos militares e energia do país com a Rússia.

“Embora a Índia seja nossa amiga, ao longo dos anos fizemos relativamente poucos negócios com eles porque suas tarifas são altíssimas, entre as mais altas do mundo, e eles têm barreiras comerciais não monetárias mais rigorosas e incômodas do que qualquer país”, afirmou o republicano em uma publicação no Truth Social.

Trump afirmou, ainda, que a Índia também sempre comprou a grande maioria de seus equipamentos militares e de energia da Rússia, juntamente com a China, reiterando que o comércio entre os dois países acontece mesmo em um momento em que o mundo quer que Moscou “pare com a matança na Ucrânia”.

“Tudo isso não é bom! A Índia, portanto, pagará uma tarifa de 25% mais uma multa pelo citado acima, começando a partir de 1º de agosto”, completou o republicano.

g1