terça-feira, 1 de julho de 2025

Fluminense vence Inter de Milão e avança às quartas de final do Mundial de Clubes


 














O Fluminense venceu a Inter de Milão por 2 a 0, em partida válida pelas oitavas de final do Mundial de Clubes. Os gols da partida foram marcados por Germán Cano, aos 3 minutos do primeiro tempo, e Hércules, aos 48 do segundo tempo. Nas quartas de final, o clube carioca enfrentará o vencedor do confronto entre Manchester City e Al-Hilal.

A partida começou movimentada e logo aos 2 minutos, o Fluminense viu uma boa oportunidade e não desperdiçou. Arias recebeu de Martinelli, avançou pela direita e cruzou. A bola desviou em Bastoni, e Cano mandou certeiro para dentro da rede, 1×0 Tricolor das Laranjeiras. O time continuou botando pressão na Inter de Milão e teve uma grande chance de ampliar com Samuel Xavier, que chutou rente à meta de Sommer. Ignácio chegou a marcar o segundo após boa jogada na área, mas o lance foi anulado por impedimento do zagueiro. O clube brasileiro fez um bom primeiro tempo, mas levou jogadas perigosas do time italiano, que teve suas melhores chances com bolas longas nas costas da defesa Tricolor. Em um dos lances de maior perigo, Mkhitaryan recebeu na área pela esquerda e passou para Dimarco, mas Fábio espalmou, evitando o empate.

No segundo tempo, o Fluminense voltou novamente na rapidez, buscando ampliar. Aos 17, Arias arriscou de fora da área e Sommer se jogou para defender o chute. Internazionale sentiu o desgaste e pecava no último passe. Aos 29, Dimarco aproveitou chance após marcação de falta, mandou um chutão, mas pra fora. Num momento em que a Inter equilibrou o jogo e botou pressão, Fábio defendeu bola de Lautaro. Nos acréscimos, o Flu fechou a conta com gol de Hércules. 2×0 Fluminense no Lide Bank of America Stadium e classificação para as quartas de finais do Mundial.

PRÓXIMOS COMPROMISSOS

O Fluminense irá enfrentar o vencedor do confronto entre Manchester City e Al-Hilal nas quartas de final da Copa do Mundo de Clubes. O duelo acontecerá na próxima sexta-feira (4), às 16h (de Brasília), em Orlando.

Com informações do Infomoney e Terra

Chefe dos Correios é pressionado pelo Planalto a demitir funcionários


 















Com o cargo na mira do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), o atual chefe dos Correios, Fabiano Silva, também enfrenta forte pressão por parte do próprio Palácio do Planalto.

Em conversas recentes com aliados, Fabiano relatou ter recebido uma sugestão da Casa Civil para demitir cerca de 10 mil funcionários e vender imóveis que são patrimônio dos Correios.

Pelos números apresentados no encontro, essas duas ações poderiam render aproximadamente R$ 2 bilhões aos cofres da estatal, que fechou 2024 com um prejuízo recorde de R$ 2,6 bilhões em 2024.

A coluna apurou que as sugestões foram dadas pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, ao chefe dos Correios em uma reunião em meados de junho. A ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, participou da conversa.

De acordo com relatos, a reunião foi marcada por um clima tenso entre Rui e Fabiano. Procurado pela coluna por meio de sua assessoria, o ministro da Casa Civil não respondeu. O espaço segue aberto.

Apesar da sugestão de Rui, o presidente dos Correios não pretende adotar as medidas. A ideia dele, segundo aliados, é demitir apenas os funcionários que aderiram ao recente Programa de Demissão Voluntária (PDV).

Fabiano tem dito a interlocutores, de acordo com relatos à coluna, que não quer entrar para a história como o presidente dos Correios que abriu caminho para a privatização da empresa.

Metrópoles

ASSÉDIO SEXUAL: universidades e institutos federais deixam de afastar professores por “falta de pessoal”


 













Por “conveniência ao serviço público”, universidades e institutos federais de ensino (IFs) deixaram de afastar, mesmo que temporariamente, professores e servidores punidos por condutas de conotação sexual.

Levantamento feito pela coluna do jornalista Tácio Lorran, do Metrópoles, identificou nove casos, nos últimos 10 anos, em que servidores públicos dessas instituições de ensino, acusados de assédio sexual, foram penalizados inicialmente com uma suspensão, mas tiveram a punição convertida em multa em razão da falta de pessoal no quadro de funcionários das universidades e IFs.

O cenário evidencia a dificuldade das instituições de ensino em punir funcionários públicos acusados de assédio sexual. Nesses casos, os docentes e servidores pagam uma multa, de acordo com o salário que ganham, e continuam frequentando o ambiente acadêmico – em muitas situações, convivendo nos mesmos espaços que suas vítimas.

Foram analisados dezenas de Processos Administrativos Disciplinares (PADs) em universidades e IFs obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI) junto às instituições de ensino. Os documentos revelam que estudantes, professoras e funcionárias têm sido vítimas de constrangimentos, agressões e até estupros em câmpus de todo o Brasil.

Suspender ou aplicar uma punição com impacto direto no bolso

As punições decorrentes dos PADs variam entre advertência, suspensão de até 90 dias (que pode ser convertida em multa), demissão e cassação da aposentadoria. De acordo com a Lei do Servidor (Lei 8.112/1990), a suspensão pode ser convertida em multa, total ou parcialmente, “quando houver conveniência para o serviço”. A multa decorre do desconto de 50% do salário da pessoa. O débito incide conforme o total de dias de punição.

Isso aconteceu, por exemplo, com o professor Luciano José Gonçalves Moreira, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais (IFMG), do campus Ouro Preto. Ele foi punido após ser acusado de assédio sexual por nove estudantes.

Em um dos casos denunciados, Luciano Moreira ficou atrás da jovem e perguntou se ela sabia guardar segredo, pois havia sonhado com a garota e temia que ela não entendesse o conteúdo do sonho. A outra aluna ele disse: “Queria você na minha estante” e “Queria que minha mulher tivesse o seu cabelo”.

A instituição, amparada pela Advocacia-Geral da União (AGU), poupou o docente de uma demissão, por entender que a punição soaria “severa demais”, e decidiu aplicar-lhe uma suspensão de 90 dias, que foi convertida em multa. A punição de Luciano Moreira, publicada em novembro de 2021, ficou assim: 45 dias de suspensão e os outros 45 dias foram convertidos em multa.

Em abril daquele mesmo ano, o Instituto Federal de Educação do Rio de Janeiro (IFRJ) suspendeu por 11 dias o professor de física Marco André de Almeida Pacheco, após suposto assédio contra uma adolescente de 14 anos. O caso aconteceu em 2019, no campus Volta Redonda

Segundo a adolescente, Marco Pacheco teria passado por ela no hall da instituição de ensino, quando ela estava sozinha, e feito a seguinte abordagem: “Oi, gata. Quando vou pegar você?”. Em seguida, o docente a teria abraçado por trás e tocado na cintura dela. A garota foi encorajada por outras alunas a denunciá-lo.

A defesa de Marco André sustentou que a acusação foi baseada em um mal-entendido superdimensionado. Para a comissão que avaliou o caso, o professor usou um termo com “ambiguidade semântica”, além de ter mantido contato físico com a adolescente. O comportamento dele, de acordo com colegiado, mereceu uma suspensão. A punição, no entanto, foi convertida em multa em publicação de ato da Reitoria.

Como são calculados os dias de suspensão de um professor ou servidor punido em um PAD

Os dias de afastamentos são computados conforme a calculadora de correição da Controladoria-Geral da União (CGU). Noventa dias é o máximo que um servidor pode receber no quesito suspensão.

Acessível ao público, a ferramenta recebe o nome de “Calculadora de Penalidade Administrativa e Viabilidade de TAC”.

A plataforma reproduz uma tabela com uma lista de infrações e deveres presentes no Estatuto do Servidor Público (Lei 8.112). Entre os casos mais comuns para enquadrar as condutas de conotação sexual estão:

  • Valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública (Art. 117, IX);
  • Manter conduta compatível com a moralidade administrativa (116, IX);
  • Tratar com urbanidade as pessoas (Art. 116, XI);
  • Incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição (Art. 132, V)

A partir das infrações, existe uma régua com o parâmetro da dosimetria que aumenta o grau da infração, a partir de uma análise subjetiva de critérios que avaliam a gravidade, danos, agravantes e maus antecedentes.

A palavra final para aplicação desse tipo de punição é da reitoria da instituição de ensino. Como última instância, o reitor tem em mãos dois pareceres que orientam sua decisão. O primeiro é o relatório final da comissão processante, formada por três servidores, que sugere a aplicação da pena. O outro, é o parecer da Procuradoria-Geral Federal, órgão, vinculado à Advocacia-Geral da União (AGU) que, presta consultoria e assessoramento jurídicos.

Casos em que as suspensões foram convertidas em multa

Tácio Lorran – Metrópoles

Regras definidas pelo STF para remoção de conteúdo das redes entram em vigor em setembro


 













O STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu ampliar os critérios para responsabilizar as redes sociais por publicações de usuários. A nova regra, que determina às plataformas removerem conteúdos, deve entrar em vigor até setembro.

A tese proclamada no julgamento definiu quando será necessária uma decisão da Justiça para excluir posts das redes, em que casos basta uma notificação privada e em quais situações as plataformas devem remover o conteúdo por conta própria.

A tese ainda precisa ser publicada no Diário de Justiça. Depois disso, os autores das ações –Google e Meta– podem questionar a decisão. A determinação, portanto, deve passar a valer apenas depois que acabarem as possibilidades de recurso.

A projeção é do advogado, professor e especialista em liberdade de expressão e direito digital André Marsiglia. Em vídeo publicado no X, ele explicou que ainda deve existir um período de adaptação para as plataformas de redes sociais passarem a cumprir a nova regra.

Marsiglia explicou que não há uma regra ou precedentes para definir o tempo que as big techs terão para se adequarem às mudanças estabelecidas pela Corte. O advogado afirma que se espera “bom senso” do colegiado em decorrência da natureza reestruturante da decisão.

“Como envolve uma série de reestruturações operacionais por parte das plataformas, espera-se bom senso dos ministros ao preverem no acórdão o tempo para ajustes e adaptações. Por ora, isso não foi anunciado”, declarou.

Ele ressaltou que esse prazo deve ser definido no acórdão, documento contendo a decisão judicial de um tribunal. A peça deve ser publicada em até 60 dias depois de um julgamento, mas pode sofrer alterações mesmo após a publicação, por conta dos recursos.

Marsiglia afirmou que há uma “expectativa” de que o acórdão inclua qual será o órgão fiscalizador das novas obrigações das plataformas.

Durante o julgamento, alguns ministros propuseram que um órgão fosse responsável por observar o cumprimento das medidas práticas pelas big techs. Na tese consensual, no entanto, esse ponto não foi incluído.

O ministro Dias Toffoli, relator de um dos recursos, sugeriu a criação de um novo órgão, que estaria vinculado ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça) –o DAI (Departamento de Acompanhamento da Internet no Brasil). Moraes, por sua vez, propôs que a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) fosse a responsável.

O decano Gilmar Mendes falou na ANPD (Autoridade Nacional de Proteção de Dados). Flávio Dino sugeriu a PGR (Procuradoria Geral da República), enquanto André Mendonça propôs a CGU (Controladoria Geral da União). Os demais ministros não fizeram nenhuma proposta.

De acordo com Marsiglia, o órgão responsável pode ser diferente do que o anunciado na sessão. O advogado explica que, se não houver uma definição, é possível que os autores das ações entrem com recursos para esclarecer esse ponto.

“Se não houver definição do órgão, é o que acredito que acontecerá. Não há como obrigar as plataformas a retirar conteúdos proativamente [o chamado ‘dever de cuidado’], sem que algum órgão seja responsável pela fiscalização, ainda que o próprio STF ou a PGR“, disse ao Poder360.

O advogado ponderou ainda que a nova regra definida pelo STF pode deixar de valer se o Congresso editar uma lei que defina como deve ser a remoção de conteúdos pelas plataformas de redes sociais.

“A menos que o Legislativo se prontifique a confrontar a nova regra com outro tipo de projeto que possa se sobrepor à regulação –e aí o projeto do Legislativo é que valerá–, terá mais força a regulação do STF. Mas, por enquanto, nada nesse sentido está sendo feito”, declarou no vídeo.

Na tese, o STF estabeleceu que, enquanto o Congresso não aprovar uma nova legislação, as redes sociais poderão ser responsabilizadas civilmente por conteúdos ilícitos, sobretudo em casos de crimes ou publicações feitas por contas falsas.

RESPONSABILIZAÇÃO

Os ministros do STF chegaram na 5ª feira (26.jun.2025) a um consenso sobre os critérios para responsabilizar as redes sociais por publicações de usuários.

A tese proclamada no julgamento definiu quando será necessária decisão da Justiça para excluir posts, em que casos basta uma notificação privada e em quais situações as plataformas devem remover o conteúdo por conta própria.

A Corte analisou recursos que questionavam a validade do artigo 19 do Marco Civil da Internet (lei nº 12.965 de 2014). A decisão tem repercussão geral e deve ser seguida por outras instâncias da Justiça. Vale apenas para casos futuros.

O artigo 19, que exige ordem judicial para remover qualquer conteúdo, passará a ser a exceção. Como regra geral, irá vigorar o modelo do artigo 21, que estabelece que a notificação privada é suficiente para excluir uma publicação. Caso contrário, as redes poderão ser punidas. O dispositivo era restrito a conteúdos de nudez sem consentimento. Com a nova tese, a notificação valerá para qualquer tipo de crime ou ato ilícito.

Poder 360

Jovem é presa após confessar que mandou matar o pai para acelerar herança de R$ 2 milhões


 













Uma jovem de 19 anos foi presa após confessar à Polícia Civil de Pernambuco que mandou matar o próprio pai para ficar com a herança estimada em R$ 2 milhões. O crime ocorreu na noite de 20 de junho, na cidade do Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife. A vítima, Ayres Botrel, de 60 anos, era caminhoneiro e foi assassinado a tiros enquanto dormia em casa, na praia de Enseada dos Corais.

Amanda Chagas Botrel, filha do caminhoneiro, foi presa seis dias depois do crime, na quinta-feira (26), após cair em contradição durante os depoimentos.De acordo com a polícia, ela inicialmente afirmou que homens armados invadiram a casa, a mandaram ficar calada e executaram o pai. Mas as imagens de câmeras de segurança mostraram que apenas o carro dela entrou e saiu da residência naquela noite, sem sinal de outras pessoas na rua.

Diante da contradição, Amanda acabou confessando que planejou o assassinato. Segundo a delegada Myrthor Freitas, ela teria levado os criminosos até o local e facilitado a entrada deles.

A polícia suspeita que o crime tenha sido motivado por questões financeiras. Ayres Botrel era dono de um caminhão, imóveis e outros bens que podem somar até R$ 2 milhões. Amanda já possuía um duplex em seu nome.

Após a prisão, a jovem passou por audiência de custódia e foi encaminhada para a Colônia Penal Feminina, no bairro da Iputinga, Zona Oeste do Recife. Ela responde por homicídio qualificado.

A delegada afirmou que Amanda mantinha boa relação com os pais e morava com eles. Segundo o depoimento da mãe, a filha “tinha tudo do bom e do melhor”, estava na faculdade e não passava necessidade. Mesmo assim, segundo a investigação, decidiu encomendar a morte do pai para acelerar a herança.

Outro ponto que levantou suspeitas foi o tempo que Amanda demorou para pedir ajuda. Ela só ligou para a mãe cerca de 15 a 20 minutos depois dos tiros. A ligação foi registrada em um restaurante onde a mãe trabalhava, e a polícia cruzou o horário com as imagens das câmeras da rua.

O delegado Rodrigo Belo, da 14ª Delegacia de Homicídios, afirmou que Amanda mostrou frieza ao confessar o crime e não reagiu ao saber da prisão, nem mesmo ao ver a mãe chorando. Segundo ele, a jovem demonstrava carinho pelo pai em público, mas o crime foi premeditado.

A Polícia Civil segue investigando o caso para identificar quem foram os executores do assassinato e se há mais envolvidos. Até o momento, Amanda é considerada a autora intelectual do crime.

Lula aguarda sinal verde da AGU para recorrer de derrubada do IOF no STF


 















O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aguarda que a AGU (Advocacia-Geral da União) dê um sinal verde para que o Executivo possa recorrer, no STF (Supremo Tribunal Federal), contra a derrubada do decreto que aumentava as cobranças do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

A derrubada, conduzida pelo Congresso Nacional, completa uma semana na próxima quarta-feira (1º).

Como a CNN mostrou, a equipe ministerial de Lula está dividida sobre questionar a decisão da maioria do Parlamento. As áreas jurídica e econômica são favoráveis a uma reação jurídica. A área de articulação política, porém, é contrária.

A AGU estuda uma tese que será apresentada ao Supremo na qual o Ministério da Fazenda defende que o projeto de decreto legislativo aprovado pelo Congresso para derrubar o aumento do IOF é inconstitucional.

Lula, porém, foi alertado a, antes de recorrer à Suprema Corte, dialogar tanto com o Legislativo quanto com o Judiciário, sob o risco de escalar uma crise política com os Poderes.

A ideia, como mostrou a CNN, é que o presidente se reúna com os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e consulte ministros do STF sobre o tema.

PSOL aciona STF

Em outra frente, o PSOL protocolou, na última sexta-feira (27), uma Ação Direta de Inconstitucionalidade no Supremo pedindo a anulação da decisão aprovada pelo Congresso.

“Ao sustar o decreto presidencial sem que haja demonstração de qualquer transgressão aos limites constitucionais e legais, o Congresso Nacional extrapolou os contornos da Constituição”, argumenta o partido.

O ministro Gilmar Mendes chegou a ser sorteado para ser o relator da ação, mas pediu que o presidente do Supremo, Luís Roberto Barroso, encaminhe a ação ao ministro Alexandre de Moraes, que é relator de outras ações sobre o tema.

Uma decisão de Barroso deve ser tomada nos próximos dias, ainda que o Judiciário esteja em recesso. Até lá, a ação fica parada no Supremo, sem análise.

CNN

Papa Leão XIV dá início à festa de São Pedro e Paulo e lança campanha de doações para a Igreja
















O Papa Leão XIV lançou a nova campanha do Vaticano para angariar doações dos fiéis, buscando socorrer a Santa Fé em seu déficit calculado entre 50 e 60 milhões de euros (algo entre R$ 320 e R$ 350 milhões). Isso aconteceu na abertura da festa de São Pedro e Paulo, tradicionalmente usada pela Igreja Católica para esse fim.

Leão XIV celebrou missa na Basílica de São Pedro e, durante a prece de Angelus, agradeceu aos doadores que contribuíram, dizendo que o apoio financeiro deles era um “sinal de união” com seu jovem pontificado. Também refletiu sobre a unidade cristã, a conversão e o testemunho do martírio de Cristo, que une a Igreja em uma “comunhão profunda”.

Nas igrejas de todo o mundo, as missas do dia 29 de junho costumam incluir uma coleta especial para o Pence de Pedro, um fundo que sustenta as operações do governo central da Igreja Católica, o Vaticano, e paga os atos pessoais de caridade do papa.

Com um vídeo promocional, um pôster, QR Code e um site solicitando doações via cartão de crédito, PayPal, transferência bancária ou envio por correio, o Vaticano está apostando este ano em uma campanha de arrecadação de fundos mais moderna e próxima do estilo americano.

O vídeo apresenta imagens dos primeiros momentos de Leão XIV como papa, como quando ele entrou na loggia da Basílica de São Pedro logo após ser eleito e recebeu o anel de pescador do papado. Com uma trilha sonora evocativa ao fundo, o vídeo sobrepõe uma mensagem, disponível em vários idiomas, pedindo doações.

“Com sua doação ao Pence de Pedro, você apoia os passos do Santo Padre”, diz a mensagem. “Ajude-o a proclamar o evangelho ao mundo e a estender a mão aos nossos irmãos e irmãs necessitados. Apoie os passos do Papa Leão XIV. Faça uma doação.”

O Vaticano acredita que, sob o comando de Leão XIV, nascido em Chicago, nos Estados Unidos, a renovação da campanha deve ajudar a manter a burocracia da Santa Sé em funcionamento e eliminar seu déficit estrutural.

Durante anos, os Estados Unidos têm sido a maior fonte de doações para o Pence de Pedro, com os católicos americanos contribuindo com cerca de um quarto do total de cada ano.

No final de sua bênção, ao meio-dia deste domingo, horário de Roma, o papa afirmou que o fundo Pence de Pedro é “um sinal de comunhão com o papa e participação em seu Ministério Apostólico” “De coração, agradeço àqueles que, com suas doações, estão apoiando meus primeiros passos como sucessor de São Pedro”, disse ele.

Segundo o papa, “a unidade invisível, porém profunda, entre as igrejas cristãs que ainda não estão em comunhão plena e visível” está no centro de sua missão episcopal. “A Igreja de Roma está comprometida pelo sangue derramado pelos santos Pedro e Paulo, a servir com amor a comunhão de todas as igrejas”.

Estação

Defesa de Bolsonaro quer que PGR se manifeste sobre suposta conta de Cid


 













A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) solicitou, ao ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), que a PGR (Procuradoria-Geral da República) se manifeste sobre a suposta conta utilizada pelo tenente-coronel Mauro Cid antes de apresentar as alegações finais.

A defesa solicita ainda que documentos e provas que estão sendo produzidos no inquérito que investiga o perfil “GabrielaR” sejam incluídos no processo que apura uma tentativa de golpe de Estado em 2022.

Segundo o advogado de Bolsonaro que assina a petição, Celso Vilardi, as respostas da Meta e do Google sobre a criação da conta com codinome “GabrielaR” caracterizam Mauro Cid como o responsável pelo perfil.

De acordo com Meta, o perfil “@gabrielar702” utilizou o e-mail maurocid@gmail.com para validar a conta no Instagram, criada em 19 de janeiro de 2024. Já endereço eletrônico foi criado em 2005, segundo dados do Google.

Uma das provas apresentadas por Vilardi é a localização do endereço de IP usado para acessar a conta. “A pesquisa dos endereços de IP informados tanto pela Meta
como pelo Google mostram que o perfil foi criado, ao que se constata, da residência do delator.”

STF abre prazo para alegações finais

Na sexta-feira (27), Moraes abriu prazo para alegações finais do “núcleo crucial” da ação do plano de golpe.

Pelas normas do CPP (Código de Processo Penal), durante os primeiros 15 dias, a PGR deve apresentar as considerações finais de acusação. Em seguida, o colaborador Mauro Cid e, só após a manifestação dele, as defesas dos demais réus devem apresentar seus argumentos.

Ainda seguindo a norma do CPP, depois que o delator, as defesas dos demais réus terão o prazo de 15 dias para manifestação.

Desde que assinou o acordo de delação premiada, em 2023, o militar Mauro Cid, que embasou parte das provas relatadas na investigação da Polícia Federal (PF) e na denúncia da PGR, já mudou pelo menos cinco vezes a versão sobre o plano de golpe.

CNN

PT vê Alcolumbre e Motta sufocando reeleição de Lula e prepara embate


 













Os caciques do PT consideram que a derrubada do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) foi patrocinada pelos presidentes da Câmara e do Senado, Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União-AP), para deliberadamente sufocar o governo e dificultar a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A sigla vê na judicialização um caminho sem volta, e avisou nos bastidores que o Planalto não terá medo de partir para o embate na opinião pública.

Segundo a cúpula petista, a partir do momento em que os chefes do Congresso derrubam uma medida que afetará programas importantes do governo sem aviso ou explicação clara dos motivos, trata-se de uma ofensiva. A sigla não engoliu a explicação, extraoficial, de que Alcolumbre articulou a derrubada do IOF para pressionar Lula a demitir o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, por causa da briga por cargos em agências reguladoras.

Como mostrou o Metrópoles, na véspera de pautar o projeto que derruba o IOF, Motta conversou com um interlocutor do presidente Lula. O presidente da Câmara elencou suas insatisfações, com destaque à campanha do Planalto para esclarecer que uma eventual alta na conta de luz seria culpa do Congresso, que derrubou vetos que encarecem a energia no país. Segundo fontes palacianas, ele terminou a chamada sem avisar que pautaria o IOF.

Os caciques do PT consideram que, sem explicações claras, resta ao governo se preparar para o embate, algo que o presidente tentou evitar até o momento neste seu terceiro mandato. Segundo um interlocutor, Lula não está com medo e demonstrou irritação com a derrubada sem precedentes no Congresso. Lembram que, nem nos momentos mais tensos com o ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL), o Legislativo quebrou acordos e impôs uma derrota surpresa ao Executivo.

Segundo os interlocutores do presidente Lula, não há o que se conversar por enquanto com Motta e Alcolumbre. Nas palavras de um interlocutor, para recompor a relação, é preciso reconstituir as correlação de forças. Não se senta à mesa para negociar em posição de desvantagem, ressaltam os articuladores políticos.

Nesse sentido, o PT pretende capitanear no Congresso e nas redes a retomada de debates, em separado, de temas que consideram ter apoio popular e que já constam na Medida Provisória (MP) enviada para compensar o recuo inicial no reajuste do IOF. Querem campanhas para assuntos como: taxação dos mais ricos; maior tributação das bets; e alta na energia bancada pelo Centrão.

Para os caciques do governo, Lula não poderia recuar diante de uma invasão de competências. Eles consideram que o reajuste do IOF é uma prerrogativa do Poder Executivo e, por isso, não poderia ser derrubada via Projeto de Decreto Legislativo (PDL). Para o PT, se o Planalto recuasse nesse ponto, o próximo passo seria delegar ao Congresso o papel de governar.

Metrópoles