quinta-feira, 31 de julho de 2025

Com 21 produtos, Paraná se torna líder de Indicações Geográficas no País


 















Com o recente reconhecimento da ponkan de Cerro Azul como produto com indicação geográfica reconhecida pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), o Paraná alcançou uma marca histórica e se tornou o Estado brasileiro com o maior número de indicações geográficas (IGs) do país.

O Estado chegou a 21 produtos certificados, consolidando sua liderança nacional no número de produtos tradicionais reconhecidos. O feito coloca o Paraná em posição de destaque no cenário nacional, dividindo a liderança com Minas Gerais, que possui 20 selos próprios e um compartilhado com São Paulo.

Somente em 2025, o Paraná conquistou sete novas indicações geográficas. Além da ponkan de Cerro Azul, foram reconhecidas as broas de centeio de Curitiba, a cracóvia de Prudentópolis, a carne de onça de Curitiba, o café de Mandaguari, o urucum de Paranacity e o queijo colonial do Sudoeste do Paraná.

Estes novos reconhecimentos se somam aos 14 produtos paranaenses que já possuíam o selo de indicação geográfica: aguardente de cana e cachaça de Morretes, goiaba de Carlópolis, uvas de Marialva, barreado do Litoral, bala de banana de Antonina, melado de Capanema, queijo da Colônia Witmarsum, café do Norte Pioneiro, mel da região Oeste, mel de Ortigueira, erva-mate de São Mateus do Sul, morango do Norte Pioneiro, camomila de Mandirituba e vinhos de Bituruna.


A conquista das certificações representa um importante avanço para a economia paranaense, uma vez que as indicações geográficas agregam valor aos produtos e fortalecem a identidade regional. No Brasil, 139 produtos contam com esse reconhecimento, que começou a ser concedido há duas décadas pelo INPI para atestar a reputação e valor diferenciado de produtos caracterizados por seu local de origem.

Os produtos com indicação geográfica apresentam qualidade única, resultado da combinação de recursos naturais específicos – como solo, vegetação e clima – com processos tradicionais de produção desenvolvidos ao longo dos anos pelas comunidades locais. Essa característica garante aos produtos uma identidade própria e gera efeitos positivos na economia regional.

O processo de obtenção dos registros é conduzido por associações, sindicatos ou cooperativas que representam os produtores e empreendedores regionais. Em diversos casos, essas entidades contam com o apoio fundamental do Governo do Estado e do Sebrae-PR, que orientam os produtores em relação à importância do selo e sobre os procedimentos que devem ser adotados para a certificação.

Adolescente fica cerca de 10 minutos com o coração parado e 'renasce' sem nenhuma sequela, no PR: 'Fui um milagre'

 


Cerca de 10 minutos. Esse foi o tempo que o jovem Enzo Henrique Barbosa de Souza, de 16 anos, ficou com o coração parado. O adolescente teve um mal súbito enquanto estava com familiares e amigos em uma arena de esportes em Paranavaí, no noroeste do Paraná. Apesar do susto, ele não ficou com nenhuma sequela.

O momento foi registrado por uma câmera de segurança. Enzo aparece sentado numa cadeira e em segundos a cabeça dele cai para trás e o coração para de bater. As pessoas ao redor levaram alguns minutos para perceber o que havia acontecido.

A primeira ambulância foi acionada para socorrer Enzo às 18h18 do dia 7 de maio deste ano. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou quatro minutos depois e, logo em seguida, o reforço de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) móvel também apareceu.

"A gente recebeu um acionamento de uma parada cardíaca. Isso é uma corrida contra o tempo, porque cada minuto conta pra gente trazer esse coração de volta. Quanto mais rápido ele volta a bater, menos sequelas a pessoa terá. Foi feito intubação no paciente, medicações, e cerca de 10 minutos depois, a gente conseguiu fazer o coração dele voltar a bater", explicou a médica socorrista Amanda Dal Col.

Durante a massagem cardíaca em Enzo, familiares e amigos que estavam na arena de esportes se ajoelharam e rezaram. Do mal súbito até a saída para o hospital mais próximo foram 26 minutos.

Foram 13 dias no hospital, sendo nove deles na UTI. O cardiologista João Henrique Clasen contou que a principal preocupação da equipe médica era de que Enzo ficasse com sequelas neurológicas. Contudo, o caso do adolescente surpreendeu a todos no hospital, depois que, com a retirada dos sedativos, ele acordou e estava bem.

Mesmo assim, o que causou o mal súbito em Enzo ainda precisava ser investigado. Antes do episódio, ele nunca tinha apresentado nenhum sintoma ou algo que pudesse levar à parada cardíaca.

Detida em Roma, Carla Zambelli irá depor na Itália no dia 1º de agosto


 















A deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) será interrogada pela justiça italiana na próxima sexta-feira, 1º de agosto. A parlamentar foi presa em Roma, capital do país, na última terça-feira, 29, e se encontra no presídio feminino de Rebibbia.

No interrogatório, a justiça italiana perguntará se Zambelli prefere voltar ao Brasil ou passar por um processo de extradição.

Caso opte pela segunda opção, o juiz deverá decidir se ela ficará presa ou terá medidas cautelares enquanto aguarda o resultado do processo. Os trâmites para concretizar a extradição podem demorar de um ano e meio a dois anos.

Dentre as medidas cautelares que podem ser impostas à parlamentar, estão a prisão domiciliar, a continuidade no presídio ou, até mesmo, a possibilidade de seguir em liberdade enquanto o processo corre.

A defesa da deputada já afirmou que ela deseja permanecer no país e não deve escolher voltar ao Brasil por conta própria.

“Carla busca a não extradição e, obviamente, ser julgada com imparcialidade e justiça”, afirmou o advogado Fábio Pagnozzi, que representa a deputada, por meio de um vídeo publicado no seu Instagram.

O deputado italiano de esquerda Angelo Bonelli, do Partido Europa Verde, diz ter encontrado a deputada em Roma e fornecido o endereço dela à polícia nacional.

O parlamentar europeu era vocal nas críticas à Zambelli e, em junho, pressionou o governo de seu país, questionando ao ministro das Relações Exteriores e da Cooperação Internacional, ao ministro do Interior e ao ministro da Justiça, sobre a permanência de Zambelli na Itália.

A defesa de Zambelli, no entanto, sustenta uma versão diferente. O advogado e a deputada afirmam que ela se entregou às autoridades italianas e busca por um julgamento no país.

A deputada deixou o Brasil após ser condenada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) a dez anos de prisão e a perda do seu mandato por ser mentora intelectual da invasão ao sistema do CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

Na ocasião, um mandato de prisão falso foi emitido para o ministro Alexandre de Moraes, do STF.

CNN

Ao aplicar Lei Magnitsky, EUA citam Bolsonaro e dizem que Moraes faz caça às bruxas, autorizou detenções preventivas arbitrárias e suprimiu liberdade de expressão


 












Ao justificar a aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), o governo dos Estados Unidos afirmou que o ministro brasileiro autorizou detenções preventivas arbitrárias e suprimiu liberdade de expressão.

“Alexandre de Moraes assumiu a responsabilidade de ser juiz e júri em uma caça às bruxas ilegal contra cidadãos e empresas americanas e brasileiras”, disse o Secretário do Tesouro, Scott Bessent.

“Moraes é responsável por uma campanha opressiva de censura, detenções arbitrárias que violam os direitos humanos e processos politizados — inclusive contra o ex-presidente Jair Bolsonaro”, adicionou.

“A ação de hoje deixa claro que o Tesouro continuará a responsabilizar aqueles que ameaçam os interesses dos EUA e as liberdades de nossos cidadãos”, concluiu.

A declaração do Departamento do Tesouro afirma ainda que Moraes “tem como alvo políticos da oposição, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro; jornalistas; jornais; plataformas de mídia social dos EUA; e outras empresas americanas e internacionais”. A CNN entrou em contato com o STF e com a Advocacia-Geral da União e não obteve retorno até a publicação da matéria.  CNN Brasil

Igor Cabral está em cela de centro de triagem com outros seis presos, aguardando transferência para presídio


 











O homem que foi preso após aplicar mais de 60 socos dentro de um elevador em Natal ainda não foi transferido para um presídio. Segundo a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap), o ex-jogador de basquete Igor Eduardo Pereira Cabral, de 29 anos, está no Centro de Recebimento e Triagem (CRT), localizado em Parnamirim, na Grande Natal.

No CRT, Igor está recolhido numa cela junto com outros seis presos. De acordo com a Seap, o ex-jogador de basquete está passando pela avaliação de uma equipe multidisciplinar antes de ir para um presídio, onde ficará de forma definitiva à disposição do Poder Judiciário. Segundo a Seap, todos os presos passam pelo CRT antes de ir para a cadeia.

Entre os procedimentos pelos quais Igor está passando, está a realização de exames de saúde. É averiguado se ele toma remédios de uso contínuo e se está em tratamento para alguma doença. Também é atualizada a vacinação e é realizada uma avaliação psicológica. O preso também recebe orientações sobre como se comportar no sistema prisional e é avaliado por policiais penais sobre comportamento e vida pregressa. É investigado, por exemplo, sobre possível conexão com organizações criminosas – para preservação do sistema prisional.

De acordo com a Seap, Igor Cabral deverá ficar no CRT pelos próximos dias. Depois, ele será transferido para algum presídio – que ainda não está definido. De acordo com a Secretaria, só após a triagem é que se saberá o local definitivo para onde o homem será levado.

Agora RN

Trump assina decreto que oficializa tarifas de 50% ao Brasil

 


O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto executivo que oficializa a tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros.

No documento, Trump cita que a ordem é justificada por uma “emergência nacional” em razão das políticas e ações “incomuns” e “extraordinárias” do governo brasileiro que, segundo o republicano, prejudicam empresas americanas, os direitos de liberdade de expressão dos cidadãos dos EUA e a política externa e a economia do país, de modo geral.

Trump também cita como justificativa para a medida o que considera como “perseguição, intimidação, assédio, censura e processo politicamente motivado” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Com os motivos considerados acima, a Casa Branca informou que a decisão foi tomada com base na Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional, de 1977, que confere ao presidente dos EUA o poder de tomar medidas extremas em tempos de emergência nacional.

“O presidente Trump tem reafirmado consistentemente seu compromisso de defender a segurança nacional, a política externa e a economia dos Estados Unidos contra ameaças estrangeiras, inclusive salvaguardando a liberdade de expressão, protegendo empresas americanas de censura coercitiva ilegal e responsabilizando violadores de direitos humanos por seu comportamento ilegal”, diz o documento.

CNN Brasil

50% dizem que idade de Lula é um problema para reeleição


 














Para 50% dos eleitores, a idade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de 79 anos, seria “um problema” em uma possível reeleição. A taxa disparou 18 pontos percentuais em 1 ano. Caso se candidate para tentar mais um mandato em 2026, e seja reeleito, o chefe do Executivo assumiria um novo mandato com 81 anos.

Há também 26% que consideram que a idade de Lula não seria um empecilho para um 4º mandato do petista. Esse percentual era de 38% em julho de 2024. Outros 23% não souberam responder. Os dados são da pesquisa PoderData realizada de 26 a 28 de julho de 2025.

A discussão sobre a idade de Lula parece avançar conforme se aproxima o ano eleitoral, indicam os resultados da pesquisa. O presidente já cometeu alguns deslizes que levantaram comparações entre ele e o ex-presidente dos EUA Joe Biden (Partido Democrata), que tem hoje 82 anos e desistiu de buscar a reeleição em 2024 justamente por não estar bem de saúde. O democrata enfrentou muitos questionamentos sobre sua capacidade mental durante o mandato e ao inicialmente concorrer a mais um mandato.

Apesar das comparações, o petista surfa agora na onda da soberania (por causa das tarifas impostas pelos EUA ao Brasil). Lula assiste a uma melhora nas suas taxas de aprovação depois de alguns meses em queda.

O presidente tergiversa quando questionado sobre a eventual reeleição. Costuma citar sua saúde e sua idade como fatores cruciais, mas não limitadores, para ser candidato novamente.

Roberto Kalil, médico pessoal do presidente, disse que Lula tem saúde para disputar mais um mandato e comandar o país por mais 4 anos. “Ele [Lula] é um jovem com a idade que ele tem. Hoje, a idade é menos importante que o físico e a saúde. Há uma tese sobre a definição de velhice: o velho é um desistente da vida. A idade acumula. Mas você pode ser idoso, não velho. Em relação ao presidente, ele tem muita saúde. Pode enfrentar o que ele quiser na hora que quiser”, declarou o cardiologista ao Poder360 em 2024.

Lula está determinado a disputar o Planalto no ano que vem. Como mostrou este Poder360, planeja ao menos 6 novos programas sociais para os próximos meses. No Congresso, deputados e senadores já disseram não haver clima para discutir um eventual limite de idade para candidatos à Presidência. Tudo considerado, a preços de hoje, Lula está candidatíssimo.

A pesquisa foi realizada pelo PoderData, empresa do grupo Poder360 Jornalismo, com recursos próprios. Os dados foram coletados por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas em 182 municípios nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. O intervalo de confiança é de 95%.

Para chegar a 2.500 entrevistas que preencham proporcionalmente (conforme aparecem na sociedade) os grupos por sexo, idade, renda, escolaridade e localização geográfica, o PoderData faz dezenas de milhares de telefonemas. Muitas vezes, são mais de 100 mil ligações até que sejam encontrados os entrevistados que representem de forma fiel o conjunto da população. Saiba mais sobre a metodologia lendo este texto.

Poder 360

Defesa de Cid acusa PGR de “deslealdade” e pede perdão judicial ao militar


 











A defesa do tenente-coronel Mauro Cid reiterou a integridade da delação premiada e pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) o perdão judicial para o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) no processo de tentativa de golpe de Estado.

Ao apresentar as alegações finais na trama golpista, nesta terça-feira (29), os advogados de Mauro Cid acusam de “deslealdade” a PGR (Procuradoria-Geral da República) e de abandonar “à própria sorte” o delator depois de usar todas as informações compartilhadas por ele.

Em sua manifestação, o procurador-geral Paulo Gonet defendeu à Corte que Cid receba apenas a redução de 1/3 da pena por sua contribuição, mas não o benefício integral. Gonet argumentou que o ex-ajudante de ordens omitiu informações relevantes e resistiu ao cumprimento integral do acordo.

A defesa de Cid afirma que a PGR usou todas as informações fornecidas pelo ex-ajudante de ordens e depois quis puni-lo por supostas omissões.

“Tal atitude, além de ferir frontalmente o princípio da segurança jurídica, sucumbe ao dever de boa-fé objetiva e configura-se como verdadeira deslealdade processual por parte do órgão acusador, que se valeu da colaboração de Mauro Cid ao longo de extensas 517 páginas de manifestação, explorando seu conteúdo probatório de maneira sistemática — mas que, ao final, abandona o colaborador à própria sorte, desqualificando não apenas sua pessoa, mas a própria ideia de Justiça.”

Os advogados argumentam que a PGR reconhece que as informações reveladas por Cid contribuíram para os esclarecimentos dos fatos e que, portanto, é “incompatível” o pedido de redução do benefício do acordo.

“Não tivesse imensa importância os fatos esclarecidos na colaboração premiada, certamente não haveria tantos pedidos de nulidade das provas produzidas a partir dela, circunstâncias que, lamentavelmente, parecem reavivadas nas palavras distorcidas e confusas da acusação quando trata do Acordo de Colaboração Premiada e dos benefícios ajustados”, cita.

No documento de 78 páginas, a defesa afirma que Cid não relatou fatos, como detalhes do chamado “Plano Punhal Verde e Amarelo”, porque não tinha conhecimento.

“Imaginar que, no contrapasso, tivesse o colaborador que ‘falar o que não sabe’ para ter seus benefícios confirmados seria, certamente, uma grande aberração jurídica e causa absoluta de nulidade do acordo”, rebate a defesa.

A defesa expõe ainda que Cid, ao firmar o acordo de colaboração premiada, ficou em “posição de extrema vulnerabilidade”, mesmo sabendo que enfrentaria “forte resistência, represálias e, de certa forma, coação por parte de seus antigos aliados, superiores e demais corréus — especialmente os ligados ao ex-presidente Jair Messias Bolsonaro.”

“No entanto, mesmo diante de cenário inóspito, o colaborador rompeu esse ciclo de obediência hierárquica, institucional e pessoal que historicamente caracteriza a lealdade cega entre subordinados militares e figuras centrais do poder político”, destaca.

Ao reafirmar a importância da delação, a defesa destaca que a natureza das informações compartilhadas, como a tentativa de golpe de Estado e os atentados contra autoridades, “constitui uma das mais graves agressões já registradas contra a ordem constitucional desde a redemocratização”.

Nas alegações finais, os advogados Cezar Roberto Bittencourt, Vania Adorno Bittencourt e Jair Alves Pereira destacam ainda que Mauro Cid atuava como assessor, sem qualquer papel decisório em atos de golpe de Estado.

“O que está verdadeiramente comprovado nos autos, por sua função, documentos, mensagens e testemunhas, é que Mauro Cid atuava como assessor e Ajudante de Ordens, sendo, por natureza, subordinado hierárquico, sem qualquer poder de comando, iniciativa ou liderança autônoma. Suas ações, ainda que administrativamente relevantes, não se confundem com atos típicos de golpe de Estado”, afirma a defesa.

Na sua última manifestação, a defesa de Cid diz ainda que o ex-ajudante de ordens detalhou tudo o que sabia dentro de suas funções, confirmando que o ex-presidente defendia a tese da fraude eleitoral e que foram discutidas medidas como GLO (Garantia da Lei e da Ordem), estado de sítio e novas eleições. Porém, reiterou que o militar sempre disse que não acreditava que Bolsonaro assinaria uma minuta golpista.

Em outro trecho, a defesa cita que Mauro Cid estava alinhado com o então comandante do Exército, general Marco Antonio Freire Gomes, que, segundo a investigação, rechaçou qualquer plano golpista do ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Ao reconhecer, de forma objetiva e direta, que não havia qualquer elemento comprobatório de fraude, Mauro Cid reafirma sua postura de alinhamento com a verdade e com a legalidade democrática que, ao final, após acalmados os ânimos, conversou com o General Freire Gomes”, diz o documento.

CNN

Governo Lula pede exclusão de alimentos e Embraer de tarifaço de Trump.


 













Antes da aplicação da sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros anunciada pelos Estados Unidos, o governo Lula (PT) negocia a exclusão de alguns itens do tarifaço de Donald Trump.

Segundo integrantes do governo envolvidos com o tema, o vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin (Desenvolvimento, Indústria e Comércio) tem conversado com o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, na tentativa de poupar, por exemplo, alimentos da lista de produtos a serem sobretaxados pelo governo Trump.

O Brasil é hoje, por exemplo, o maior produtor e exportador de suco de laranja do planeta, vendendo 95% de sua produção para o exterior. Desse volume, 42% tem os Estados Unidos como destino. O país também é o principal fornecedor de café ao mercado norte-americano. Entre janeiro e maio de 2025, os EUA compraram 2,87 milhões de sacas, o equivalente a 17,1% de todo o volume exportado pelo Brasil, conforme dados do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).

Além de buscar junto à gestão Trump o adiamento do anúncio, haveria ainda um pedido de exclusão das aeronaves fabricadas pela empresa Embraer, que tem o mercado norte-americano como principal comprador para a aviação regional. Um dos argumentos em favor da medida seria o de que a fabricante brasileira importa peças dos EUA.

Sem uma resposta concreta dos Estados Unidos, o governo brasileiro continua estudando cenários possíveis de reação e segura a divulgação do plano de contingência até que o tarifaço de Trump se concretize.

O desenho geral do plano para proteger empresas exportadoras foi concluído pela equipe técnica na semana passada e aguarda aval de Lula, segundo o ministro Fernando Haddad (Fazenda).

Nesta segunda-feira (28), o chefe da equipe econômica se reuniu com o presidente no Palácio do Planalto. Alckmin também participou do encontro.

Após a reunião, Haddad afirmou ter levado a Lula “todas as possibilidades que estão à disposição do Brasil e dele à frente da Presidência da República”. O ministro disse, no entanto, que o “foco do Brasil é negociar”.

Segundo Haddad, o vice-presidente Alckmin está em contato e “à disposição permanentemente” das autoridades americanas. “Tem havido conversas. Então, aquilo que foi dito semana passada, [semana] retrasada, de que o Brasil não vai deixar a mesa de negociação em nenhum momento, está valendo e vai continuar valendo.”

O ministro da Fazenda deixou claro que Lula não tomará decisão antes de conhecer o ato executivo dos EUA com o detalhamento das decisões sobre o comércio com o Brasil. Questionado se o presidente já havia decidido qual será a reação a uma sobretaxa americana, Haddad respondeu que não.

“Não sabemos nem a decisão que vai ser tomada. Possivelmente, a gente espera que não seja unilateral no dia 1º. Então, nós vamos insistir de que a medida não seja unilateral por parte dos Estados Unidos”, disse ele.

Como mostrou a Folha, entre as medidas de contingência há a possibilidade de se criar um fundo privado temporário para facilitar a concessão de crédito a empresas ou setores afetados pelo tarifaço. O governo também avalia incluir ações de preservação de empregos em modelo similar ao programa emergencial de manutenção de trabalho e renda criado na pandemia.

Em conversa com jornalistas, Alckmin elogiou a elaboração do plano de contingência, mas afirmou que a prioridade do governo é avançar na negociação com os americanos.

“O plano de contingência é um plano que está sendo elaborado, bastante completo, bem feito, mas todo o empenho agora nessa semana é para a gente buscar resolver o problema. Quero dizer a vocês que nós estamos dialogando neste momento pelos canais institucionais e sob reserva”, afirmou.

Questionado sobre a possibilidade de o presidente Lula ligar a Trump para uma negociação direta, Alckmin disse não ter tratado do assunto com o chefe do Executivo. “Eu não conversei com o presidente Lula sobre isso, mas o presidente Lula é o homem do diálogo. Ele sempre defendeu o diálogo, que é o que nós fazemos permanentemente”, disse.

Neste domingo (27), Trump confirmou a aplicação de sobretaxas, que no caso do Brasil foram definidas em 50%, a partir de 1º de agosto. Se confirmada, a tarifa será uma das maiores do mundo.

Folha de S.Paulo

Tarifaço dos EUA: Líder do governo no Senado descarta conversa entre Lula e Trump até 1º de agosto

 


O senador Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado, descartou a possibilidade de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversar com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, antes da entrada em vigor das tarifas de 50%, prevista para a próxima sexta-feira, 1º de agosto.

“Não vamos resolver isso até o dia 1º. É sexta-feira. O encontro de dois presidentes da República não se prepara da noite para o dia”, disse o senador, a jornalistas, nesta terça-feira, 29, em Washington.

O líder do governo no Senado afirmou que está transmitindo as informações das reuniões ao presidente Lula, mas deve se encontrar com ele para debater a missão aos EUA. Para ele, é importante o encontro dos presidentes brasileiro e americano.

‘Desmistificar preconceitos de parte a parte’

“Eu sempre acho importante substituir o meio magnético virtual. Olho no olho é diferente, e o presidente Lula é campeão disso”, afirmou. “Eu não posso dizer o que vai acontecer se houver esse encontro. Se depender da minha opinião, esse encontro, para mim, sempre será produtivo para desmistificar preconceitos de parte a parte”, acrescentou Wagner.

Segundo ele, o objetivo da missão foi “plantar”, e “não colher” os frutos. “Eu vim aqui plantar, estamos plantando. Eu não vim aqui com a pretensão de colher”, reforçou Wagner.

O senador afirmou ainda que, em todas as reuniões, um dos focos foi a ampliação do prazo para a entrada em vigor das tarifas ao Brasil.

“Todos os países tiveram 60, 90 dias; em 20 dias, como é que os empresários se organizam?”, questionou.

Estadão


quarta-feira, 30 de julho de 2025

Jovem de 20 anos morre em Guarapuava com 26 iPhones colados ao corpo


 













Uma mulher de 20 anos morreu no Restaurante Panorâmico, na BR-277, em Guarapuava. Segundo o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), a jovem estava com vários pacotes colados ao corpo, dentro deles havia 26 celulares iPhones.

A vítima era passageira de um ônibus que parou no local. Ela desmaiou, mas já havia retornado quando o Samu a levou para ser atendida na ambulância. No local, ela teve uma parada cardiorrespiratória, foi reanimada por 45 minutos, mas não resistiu e veio a óbito.

Também foi constatado que a mulher possuía algumas bebidas na bagagem, que acabaram sendo apreendidas. A Polícia Militar (PM) também foi acionada e, com o apoio do cão K9 Rafiki, realizou uma busca, no entanto nada de ilícito foi encontrado. O Instituto Médico Legal (IML) recolheu o corpo da jovem para a identificação oficial.

As informações são da Rede Sul de Notícias.

No Paraná, número de motoristas cresce bem mais que a população


 













O número de motoristas no Paraná cresceu quase três vezes mais que a população paranaense ao longo dos últimos 15 anos, entre 2010 e 2025. É o que revelam dados do Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR), cruzados com informações do IBGE (Censo 2010) e do Ipardes (Projeção Populacional 2025-2050).

Segundo essas estatísticas, em 2010 a população paranaense somava 10.444.526 habitantes. Quinze anos depois, no entanto, já seriam 11.890.584. Ou seja, em uma década e meia a população paranaense ganhou 1.446.058 habitantes, avançando 13,85%.

Por outro lado, o número de condutores no estado avançou 35,79%, com um acréscimo de 1.532.890 motoristas. Em 2010, segundo o Anuário Estatístico do Detran-PR, haviam 4.282.593 condutores cadastrados no estado. Em junho último, já eram 5.815.483.

Ou seja, o número de condutores no estado avançou 2,6 vezes mais que a população paranaense no período analisado, considerando que um cresceu 35,79% e o outro, 13,85%.

Com isso, o número de condutores dentro da população paranaense passou de 41,03% da população em 2010 para 48,91% em 2025.

População do Paraná

2025: 11.890.584
2010: 10.444.526
Variação: 13,85% (+1.446.058)

Total de condutores no Paraná

2025: 5.815.483 (junho)
2010: 4.282.593
Variação: 35,79% (+1.532.890)

Mais de 5,8 milhões de motoristas, com 2,8 milhões de motociclistas

Entre os mais de 5,8 milhões de motoristas no Paraná, 2,7 milhões possuem Carteira Nacional de Habilitação (CNH) de categoria B, ou seja, podem apenas dirigir carros. Entre 2010 e 2025, o número de condutores com esse tipo de habilitação cresceu 38,24%.

Por outro lado, o número de pessoas com categoria AB na carteira quase dobrou (+99,82%), passando de 1.095.653 para 2.189.327. Esses são condutores aptos a transitar tanto com um carro quanto com uma moto.

Já o número total de pessoas habilitadas a pilotar cresceu 67,77% no período analisado. Eram 1.682.321 em 2010 e chegaram a 2.822.498 em junho deste ano. Esse número refere-se às habilitações nas categorias A (moto), AB (moto/carro), AC (moto/caminhão), AD (moto/ônibus) e AE (moto/carreta), representando 48,53% do total de condutores no estado.

Autoescola pode deixar de ser obrigatória

O governo federal está avaliando uma forma de baratear o custo e reduzir a burocracia para obtenção da carteira de motorista no Brasil. É isso o que revelou o ministro dos Transportes, Renan Filho, ao apontar, em entrevista a um podcast do jornal Folha de S. Paulo, que está sendo avaliada a possibilidade de acabar com a obrigatoriedade do candidato passar por autoescola, como uma forma de reduzir burocracias para a emissão da CNH.

Atualmente o custo para emissão da carteira de motorista é entre R$ 3 mil e R$ 4 mil, valor próximo ao preço de uma motocicleta usada. Com a retirada da obrigatoriedade do condutor fazer aulas de direção e de conduta no trânsito em autoescolas e Centros de Formação de Condutores (CFC), seria possível reduzir esse valor em mais de 80%. As provas teóricas e práticas, no entanto, continuariam sendo obrigatórias, com o candidato podendo estudar pela internet, com um familiar ou em oficinas populares.

Depois da revelação do ministro, a Associação Nacional dos Detrans divulgou uma nota destacando acompanhar de perto as discussões sobre o assunto. Ainda segundo a entidade, em um país que ainda registra altos índices de condutores não habilitados, é fundamental que qualquer mudança preserve e reforce a qualidade da formação dos motoristas.

Idoso desaparecido é achado morto dentro de carro em córrego no PR


 














Um veículo foi com um corpo foi encontrado dentro de um córrego localizado em um fundo de vale na Rua Pioneiro Olinto Mariani, no Jardim Diamante, em Maringá (PR), na tarde desta terça-feira (29). A ocorrência mobilizou equipes do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar (PM).

De acordo com as primeiras informações, um idoso estaria desaparecido e seria o condutor do carro. Familiares chegaram a divulgar fotos do homem que estava desaparecido.

A área foi isolada para o trabalho das equipes de resgate. Ainda não há informações sobre as circunstâncias do acidente.

Fonte: Plantão Maringá

Dívida pública federal sobe para R$ 7,88 trilhões em junho de 2025


 












O estoque da dívida pública federal atingiu R$ 7,88 trilhões em junho de 2025. O número representa uma alta de 2,77% em relação a maio, quando era R$ 7,67 trilhões.

Em valores nominais, a dívida subiu R$ 212,71 bilhões. O Tesouro Nacional divulgou os dados na 2ª feira (28.jul.2025).

A dívida pública é emitida pelo governo federal para financiar o deficit orçamentário, ou seja, para cobrir as despesas que superam a arrecadação com impostos, contribuições e outras receitas.

O indicador é tido como uma das principais referências para a avaliação da capacidade de pagamento do país pelas agências globais que avaliam o grau de investimento. O passivo inclui os débitos do governo no Brasil e no exterior.

Eis a composição do estoque:

  • DPMFi (Dívida Pública Mobiliária Federal interna) – saiu de R$ 7,36 trilhões em maio para R$ 7,58 trilhões em junho de 2025;
  • DPFe (Dívida Pública Federal externa) – passou de R$ 309,2 bilhões em maio para R$ 302,1 bilhões em junho de 2025. Esse é o endividamento obtido no mercado externo.

O prazo médio da DPF era de 4,20 anos em maio de 2025. Recuou para 4,14 anos em junho.  Em 2024, era de 4,05 anos.

Dívida bruta

A dívida pública percentual em relação ao PIB (Produto Interno Bruto) atingiu 76,1% em maio de 2025, segundo o BC (Banco Central), que divulgou dados em 31 de janeiro. Registrou uma alta de 0,2 ponto percentual em relação a abril deste ano.

Em valores, equivale a R$ 9,3 trilhões. Esses dados se referem à DBGG (Dívida Bruta do Governo Geral), como é conhecido o indicador.

O BC tem uma metodologia mais ampla, uma vez que inclui títulos do governo com a autoridade monetária e débitos dos governos estaduais e municipais. Os dados de junho de 2025 devem ser divulgados na 5ª feira (31.jul).

A reserva de liquidez atingiu R$ 1,03 trilhão em junho de 2025. Em termos nominais, o dinheiro em caixa para pagamento da dívida avançou 19,64% em relação a maio deste ano (R$ 861,30 bilhões).

O patamar atual assegura o pagamento do vencimento da dívida em aproximadamente 8,44 meses. Em maio de 2025, o índice de liquidez estava em 8,77 meses.

Detentores da dívida

Eis como se dá a participação dos detentores da dívida:

  • 31,3% – instituições financeiras;
  • 23,1% – Previdência;
  • 22,1% – fundos;
  • 9,8% – não residentes
  • 3,7% – seguradoras;
  • 3,0% – governo;
  • 7,0% – outros.
  • Poder 360

Justiça manda Deltan pagar R$ 135 mil a Lula em 15 dias


 














A Justiça paulista determinou que Deltan Dallagnol, ex-procurador da Lava Jato e ex-deputado federal pelo Novo-PR, deverá pagar indenização de R$ 135,4 mil ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por danos morais.

A decisão judicial estabelece prazo de 15 dias para a quitação do valor, com acréscimo de 10% sobre o montante em caso de atraso. A ordem de pagamento foi divulgada pelo UOL e confirmada pelo Poder360.

A decisão do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) refere-se ao infográfico apresentado por Dallagnol durante entrevista coletiva da operação Lava Jato em 2016. Na apresentação, o então procurador utilizou um slide feito no programa PowerPoint com setas que conectavam termos como “Petrolão”, “Governabilidade corrompida”, “Mensalão” e “Enriquecimento ilícito” ao então ex-presidente, durante denúncia relacionada ao caso do tríplex no Guarujá.

Lula iniciou o processo judicial por danos morais ainda em 2016, logo depois da divulgação do material. O petista sustentou que o procurador atacou sua honra por meio da imagem, quando a força-tarefa o acusava de comandar um esquema criminoso na Petrobras.

O caso percorreu diferentes instâncias até chegar à 1ª Turma do STF (Supremo Tribunal Federal). A ministra da Corte Cármen Lúcia confirmou, em abril de 2024, o entendimento da 4ª Turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça) sobre a necessidade de indenização.

No julgamento, realizado no plenário virtual, os ministros do Supremo Flávio Dino, Alexandre de Moraes e Luiz Fux seguiram o voto da relatora. O ministro Cristiano Zanin declarou-se impedido por ter atuado como advogado de Lula durante a Lava Jato.

Depois da recente decisão judicial, o ex-procurador manifestou-se por meio de suas redes sociais.

Em vídeo, Dallagnol disse: “Eu fui condenado por fazer o que eu faria de novo 1.000 vezes se eu tivesse 1.000 vidas: colocar na cadeia e não na Presidência aqueles contra quem existem fortes provas de corrupção. Eu fiz a coisa certa, eu não me arrependo disso, e quem deveria ser condenado são os corruptos e aqueles que lhes garantem a impunidade suprema”.

Dallagnol agradeceu às 12.000 pessoas que, segundo ele, fizeram doações espontâneas. O procurador afirmou que a soma do valor repassado totalizou cerca de R$ 500 mil e que o excedente da indenização será doado para hospitais filantrópicos que tratam crianças com câncer e transtorno do espectro autista.

“Agradeço a todos aqueles que não me deixaram sozinho e protegeram a minha família de pagar o preço de lutar por justiça num país em que os corruptos mandam. Agradeço também aos mais de 12.000 brasileiros que doaram, sem eu pedir, pequenos valores que somaram mais de meio milhão de reais”, declarou o ex-procurador.

Sobre a destinação dos recursos, Dallagnol afirmou que prestará contas publicamente. “Como me comprometi publicamente, todo o valor excedente será doado a hospitais filantrópicos que tratam crianças com câncer e com transtorno do espectro autista. Oportunamente, eu vou prestar contas de todo valor”, disse.

Poder 360

Defesa de Cid deve rebater parecer da PGR para manter benefícios de delação


 














A defesa do tenente-coronel Mauro Cid tem que apresentar ao STF (Supremo Tribunal Federal) suas considerações finais no processo que apura a tentativa de golpe de Estado.

Os advogados do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) devem focar na contestação do parecer final do procurador-geral da República, Paulo Gonet, com o objetivo de manter os benefícios previstos no acordo de colaboração premiada.

Em sua manifestação ao STF, Gonet solicitou que as vantagens concedidas ao tenente-coronel Mauro Cid no acordo de colaboração premiada sejam reduzidas em relação ao previsto inicialmente. Segundo ele, o ex-ajudante de ordens omitiu informações relevantes e resistiu ao cumprimento integral do acordo.

Gonet propõe que Cid receba apenas a redução de 1/3 da pena por sua contribuição, mas não o benefício integral.

Ao firmar o acordo de colaboração premiada, homologado em setembro de 2023, Cid pediu o perdão judicial ou pena privativa de liberdade não superior a 2 anos. Além disso, solicitou:

Restituição de bens e valores apreendido;
Extensão dos benefícios para o pai, esposa e filha maior, no que for compatível;
Ação da Polícia Federal visando garantir a segurança do colaborador e respectivos familiares.

“Diante do comportamento contraditório (de Mauro Cid), marcado por omissões e resistência ao cumprimento integral das obrigações pactuadas, entende-se que a redução da pena deva ser fixada em patamar mínimo”, citou Gonet nas alegações finais.

A manifestação de Gonet agradou as demais defesas, que vem contestando a delação do ex-ajudante de ordens. Sob reserva, advogados admitem que o parecer da PGR (Procuradoria Geral da República) corrobora o argumento de que Cid fez uma delação “seletiva” e “mentiu” nos depoimentos.

Por ser réu colaborador, o militar se comprometeu a falar a verdade, sob pena de ter a delação anulada e perder benefícios.

CNN