A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, a regularização de produtos à base de cannabis para tratamento veterinário em animais. A decisão possibilita que médicos da área utilizem substâncias canabinóides para tratar diversas doenças.
Em comunicado, a Anvisa informou que somente os médicos veterinários habilitados pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) terão permissão para prescrever os medicamentos à base de cannabis. Os produtos precisam ter registro e autorização sanitária da Anvisa ou ser regularizados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
Os médicos veterinários só poderão prescrever os medicamentos em receitas especiais a serem retidas nas farmácias. Isso já acontece com outros produtos controlados, conforme a legislação vigente, garantindo o seu uso estritamente terapêutico.
O órgão ainda reiterou que a manipulação de produtos à base de cannabis continua proibida. “A medida também não altera as determinações da RDC 660/2022, que prevê a possibilidade de importação por pessoa física somente para uso próprio (uso humano)”, diz a nota.
Uso da cannabis em pets
A forma mais utilizada da cannabis para tratamento de doenças em pets é na versão óleo, sendo administrada de forma oral. De acordo com a médica veterinária Julianna Gomes, o produto é feito com o extrato da planta cannabis. Outras opções são em creme e sprays.
A profissional relata ao Metrópoles que os pets em tratamento de condições como epilepsia, dores crônicas provenientes de artrite, inflamações, lesões agudas e crônicas em coluna vertebral, têm tido sucesso em reverter os sintomas por meio do uso de remédios à base da fórmula.
“Condições autoimunes, glaucoma e até mesmo ansiedade nos cachorros que foram tratadas com os compostos da planta de cannabis tiveram resultados positivos”, diz a veterinária.
Os felinos também se beneficiam com os tratamentos feitos com o extrato da planta. “Isso inclui gatos com problemas de cistite idiopática felina (Síndrome de Pandora), ansiedade, dores crônicas, inflamação, convulsões e até questões comportamentais”, finaliza.
Metrópoles – coluna É o Bicho