O verão está chegando. A estação mais quente do ano terá início no dia 21 de dezembro, num período que coincide com as festas de final de ano e férias escolares. Para muita gente, então, vai ser a hora de buscar um refresco em rios, cachoeiras e praias do Paraná. Mas na hora dessa diversão, também é preciso precaução. Isso porque é justamente entre o final de um ano e o começo de outro que se concentram a esmagadora maioria das ocorrências de afogamento no estado.
De acordo com informações extraídas do Sistema de Estatística de Ocorrências do Corpo de Bombeiros do Paraná (SYSBM), entre os anos de 2019 e 2023 foram registrados um total de 4.997 casos de afogamento no território paranaense. Desse total de ocorrências, 4.116 (82,37% do total) se concentraram entre os meses de dezembro, janeiro e fevereiro.
O último mês do ano, inclusive, é o que aparece em primeiro lugar no ranking de registros. Foram 1.692 casos no período analisado, o equivalente a 33,86% do total entre 2019 e 2023. Com isso, dezembro ficou um pouco a frente de janeiro (com 1.689, ou 33,8%). Já fevereiro fica na terceira posição, com 735 ocorrências (ou 14,71%). E bem mais atrás, completando o ‘top cinco’ de meses com mais casos, temos novembro (243, ou 4,86%) e março (202, ou 4,04%).
Desde 2019 até novembro deste ano, um total de 592 pessoas faleceram em decorrência de afogamentos no Paraná. O primeiro ano analisado foi justamente o com mais óbitos: 128. Em 2020, 2021, 2022 e 2023, o número de mortes já foi de 100, 98, 101 e 88, respectivamente.
Tanto as ocorrências como as fatalidades, entretanto, apresentam tendência de alta no estado. Uma situação que deve fazer aumentar o nível de alerta para o verão que se aproxima.
Neste ano, 949 casos de afogamento já foram atendidos. Em anos anteriores, esse número variou, no mesmo período, entre 577 ocorrências (em 2020) e 772 casos (em 2023).
Ou seja, neste ano o número de afogamentos registrados no Paraná cresceu 22,93% em relação ao ano passado.