A Secretaria da Saúde de São Paulo (SMS) demitiu, os funcionários envolvidos no atendimento da mulher de 68 anos, morta na última quarta (6), em uma calçada perto da UBS Vargem Grande, no bairro Parelheiros, na zona sul de São Paulo.
Segundo a secretaria, o caso segue sendo investigado pelas comissões de ordem de classe. A pasta já havia pedido a demissão dos envolvidos na última sexta-feira (8).
Os funcionários desligados já foram substituídos, afirmou a SMS.
Protesto e pichações
Um dia após a morte da mulher, moradores foram até a frente da UBS em Parelheiros para protestar.
Os populares acreditam que a vítima foi liberada sem uma triagem correta e que os funcionários alegaram que não poderiam atender a moradora por estar fora da unidade.
No final de semana, a UBS amanheceu com pichações onde os escritos denunciavam suposta negligência da unidade de saúde no procedimento que culminou na morte da mulher.
Em um deles é possível ler: “A negligência custou uma vida! Seus incompetentes”.
Ao Metrópoles, um dos moradores que lideram os protestos afirmou que os manifestantes não têm relação com as pichações e não compactuam com a ação. Segundo ele, o muro foi repintado ainda no domingo (10/11).
Liberada no dia anterior
Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), a mulher deu entrada no hospital no dia anterior a sua morte, mas foi liberada. No dia seguinte ela sofreu um mal súbito, foi encaminhada à UBS pelos familiares, mas morreu no caminho.
Moradores registraram o ocorrido. O vídeo mostra a mulher caída no chão enquanto outra tenta socorrer e pede ajuda.
As testemunhas afirmaram que pediram socorro aos funcionários do local, mas não foram atendidos.
Na ocasião do ocorrido, a SMS disse “lamentar profundamente a perda da munícipe” e que o caso será investigado para “verificar se foram seguidos os protocolos estabelecidos pela SMS para atendimentos de urgência e emergência”.
“A Secretaria Municipal da Saúde lamenta profundamente a perda da munícipe e reitera o compromisso com o cuidado à saúde da população. Já está em curso uma apuração junto à Organização Social de Saúde (OSS) Associação Saúde da Família (ASF), que gerencia a unidade, para verificar se foram seguidos os protocolos estabelecidos pela SMS para atendimentos de urgência e emergência. A prioridade da pasta é garantir que todos os munícipes tenham o atendimento adequado e que medidas corretivas sejam implementadas caso alguma falha seja identificada”.
O caso foi registrado como morte natural pelo 101° Distrito Policial que acionou o Serviço de Verificação de Óbito (SVO).
Fonte: Metrópoles