Após um período de estiagem que causou preocupação aos agricultores, as chuvas dos últimos dias trouxeram alívio para a região. Com o solo mais úmido, os produtores dos 15 municípios da área de abrangência do Núcleo Regional da Seab de Ivaiporã iniciaram nesta terça-feira (17) o plantio da nova safra de soja.
Segundo Sérgio Carlos Empinotti, engenheiro agrônomo do Departamento de Economia Rural, a quantidade de chuva foi suficiente para garantir o desenvolvimento inicial das plantas. “A chuva foi bem distribuída, e isso é ótimo para o plantio”, afirmou. Ele destacou ainda que as próximas semanas devem ser de intenso trabalho nos campos, com previsão de que a maior parte da área seja plantada até o final do mês.
Nesta safra, a área plantada de soja na regional deve ser cerca de 3,45% maior do que a área plantada no ano anterior, e deve alcançar 180 mil hectares. No ano passado, o plantio foi em uma área de 174 mil hectares. “Esse crescimento se deve, em parte, à redução da área destinada ao milho primeira safra e à conversão de pastagens para o cultivo da soja”. Na safra anterior, a área de milho foi de 4 mil hectares, nesta temporada deve ser de apenas 2.7 mil hectares.
Em Jardim Alegre, o agricultor Edilson Colombo iniciou nesta terça-feira, o plantio em uma área na região da Escolinha. Junto com os filhos Pedro Daniel e Renato, ele vai plantar soja nesta temporada em 400 hectares, em terra própria e arrendada. “A expectativa agora é de que o tempo melhore daqui para frente, que venham boas chuvas para que a semente germine bem”, disse Colombo.
O produtor relembrou as dificuldades enfrentadas na safra passada. “No ano passado foi complicado, e a produção ficou bem abaixo do esperado. Mas para este ano, a expectativa é melhor. Parece que o clima deve melhorar a partir de meados do ano em diante”.
Em relação aos preços, Colombo avalia que a tendência é de ficar estável em torno dos R$ 120,00. No entanto, o agricultor ressalta que a comercialização da soja brasileira dependerá também da produção americana. “Acredito que se a safra americana for grande, teremos preços próximos a esses, o que, ainda assim, não nos dá prejuízo. Se tivermos uma boa produção, temos condições de nos sobressair mesmo com esses preços”.
Com um manejo adequado do solo, Colombo espera colher entre 150 e 170 sacas por alqueire. “Essa é uma expectativa, mas tudo vai depender muito do clima, não é? O clima é um fator determinante”.